capa da primeira edição - 1991
Eu ainda gosto deste livro. Você pode encontrar menções ao livro no google ou em outros sites de busca.
Por qual razão eu gosto deste livro, além de ser a autora?
1 - Existem aspectos abordados no livro que existiram na década de 70 , 80 e 90 e continuam acontecendo.
Por exemplo, o problema da agilização de algumas mudanças necessárias no âmbito do Estado - executivo - legislativo e judiciário.
Muitas das necessidades de aperfeiçoamento são lentas.
Na Introdução, eu relato a minha experiência quando foi lançado no Brasil, o leite longa vida e eu trabalhava no Procon -SP. A rotulagem era lacônica da caixa de leite pois, a lei sobre os dados da embalagem, da década de 50, não previa o seu uso para informar consumidores e, os técnicos governamentais, na época, entendiam que iria dar uma conotação publicitária.
Posteriormente, isso foi mudado, após artigos, pressões e pareceres. A data de fabricação era em código e, ninguém entendia, na década de 70, enquanto na Europa e Estados Unidos, os produtos alimentícios industrializados dispunham de prazo de validade de maneira legível e facilmente entendida.
Quando observamos, ainda hoje, o tempo necessário para o governo introduzir novas leis que regulamentem os novos mercados e, que afetam a população ou grupos, como defensivos agrícolas ou outros, verifica-se que as definições e adoção de normas, regulamentações e leis, são demoradas, deixando anos e anos a população em suspense e desprotegida.
Quantos anos foram necessários para que fosse regulamentada a lei que estabelece o destino das embalagens de produtos agrícolas na área rural? Décadas depois dos primeiros alertas sobre o risco de contaminação da água, do solo, problemas aos trabalhadores rurais etc. Décadas depois dos movimentos de ambientalistas no âmbito mundial.
Inúmeros outros fatos, polêmicos, ficam circulando pelo mercado, sem regulamentação da lei, durante anos, mesmo quando já existem decisões em outros países. Nesses momentos, as vítimas da falta de lei, dificilmente serão ressarcidas ou suas vidas restabelecidas pela defasagem de tempo das práticas até a introdução da lei.
2 - O capítulo - Gerenciando informações internamente, onde menciono os conflitos internos, os fatores complicadores, a sinergia entre os setores internos etc é um dos capítulos preferidos pelos leitores e que eu mais gosto, pois foi quando trabalhei os conceitos de Pichon Riviére, para grupos operativos, e fiz uma associação livre com o que acontecia na prática dentro da empresa.
ler meu blog www. marialuciazulzke. blogspot.com sobre isso, em 16 de setembro - os grandes desafios internos.
3 - Lucratividade - baseado em John Goodman, da Tarp, como mencionei no dia 15 de outubro, como um dos meus principais mestres, entre outros igualmente importantes.
4 - Sobre o Movimento dos Consumidores - fatos marcantes e as primeiras iniciativas no Brasil, esse capítulo precisaria ser atualizado, a última revisão aconteceu em 1997.
E, menciono este livro, cujo título foi propositalmente escolhido no gerúndio, pois quando escrevi, em 1990, era um processo ainda em definição pelas empresas - abrir ou não seus dados, suas informações, abrir ou não os departamentos de serviços a clientes e, mesmo agora, as empresas continuam reelaborando seus aperfeiçoamentos porque é um movimento que nunca fica totalmente pronto. Daí eu ter usado o gerúndio que infelizmente foi padronizado nas conversas do SAC, por alguém que deixou todos os Call Centers com os mesmos termos para responder aos consumidores.
Maria Lucia Zulzke, em 30 de outubro de 2009, às 15:00 hs, em S.Paulo - SP - Brasil