"Ninguém é chic se não for civilizado"
Esse livro aborda alguns aspectos da nossa vida cotidiana e que a educação antiga respondia, magistralmente, ainda que não se pertencesse ao grupo da "nata" da sociedade. Chamava-se - boa educação, e não dependia de critérios nebulosos ou do poder aquisitivo.
- Por exemplo, se chego carregando pacotes no condomínio, custa o vizinho ou o zelador me ajudar ? É esperada essa ajuda ou não? No livro, a reflexão e a recomendação.
- Se sou convidada para um almoço de negócios, custa o "colega" pagar a minha conta, mesmo que sejamos bem sucedidos e remunerados? Ela responde - quem convida, paga!
E que se dirá de homens muitíssimo bem remunerados que se fazem de "desentendidos" ou "modernos" e nem se oferecem a pagar a conta, para tratar de assunto do interesse deles!? É muita "cara de pau".
- E o que fazem as mulheres sem par, "avulsas" que são "carregadas" para programas e restaurantes por casal amigo? Tem alguma saída estratégica?
- Ou, se uma conhecida convida para um final de semana em sua casa, por qual razão ela fica surpresa se levo um bonito presente e algumas coisas gostosas para comer? É claro que ela tinha tudo na geladeira mas é um gesto de cortesia e consideração.
Triste é receber uma família inteira em sua casa de campo ou praia e contribuem com dois pacotinhos de salgadinhos porque a filha gosta só daquela marca! Para Gloria, é esperado que se presenteie sempre a dona da casa e que não se estique a temporada, além de várias dicas de cortesia durante a estadia.
Afinal, o que está acontecendo nas relações sociais nos dias de hoje? Ser gentil, para alguns, é normal, enquanto para outros virou objeto de suspeita.
Gloria Kalil confirma que o egoísmo e a excessiva individualidade tornam a vida nas grandes cidades infernal!
A etiqueta surge como uma espécie de ética do cotidiano, deixando a vida mais leve.
"Um assunto do barulho " - sobre convivência entre vizinhos nos edifícios. "É sempre o de cima que faz barulho no de baixo... educado é forrar o quarto onde as crianças brincam com algum tipo de revestimento isolante .... e tomar outras providências que demonstrem algum cuidado com os outros." eu adorei porque tem gente que acha que criança pode tudo!
" No escurinho do cinema" - celular, casais de namorados, pipoca, guardar lugar... como é bom conferir o que nos irrita com alguém como Gloria Kalil!
pg 39 - "Mulheres em minoria" - trabalham no mundo dos negócios, em universos muito masculinos - ela conta algumas situações e poderíamos ampliar as cenas com que as mulheres profissionais são confrontadas - os homens ainda gostam de testar e testar o intelecto feminino e alguns fazem questão de se comportarem como se ainda estivessem no tempo das cavernas.
pg 63 - Festa na empresa - ela lembra que, empresa, não é lugar de amigos ou familiares. Manter uma postura profissional é muito importante.
Aceitar convites de grupos de clientes (rapazes e moças) que se reunem depois de seminários? Pior se casada ou solteira? A linha séria de Gloria Kalil reforça as posturas de sobrevivência para evitar armadilhas.
O livro é excelente e apresenta saídas tanto para a vida profissional como para nosso relacionamento social.
E, com muito bom humor diz que dono de cachorro, é uma raça à parte, pois acha que todo mundo participa do seu entusiasmo pelos cães. Quem gosta de ser recebido(a) com latidos na casa de alguém, e ainda ter que disfarçar e empurrar o "animalzinho" que insiste em cheirar, lambuzar a roupa com a boca sempre molhada.
O bom humor esta presente nas recomendações e isso torna a leitura muito gostosa. Um sábado civilizado, com o livro de Gloria Kalil.
por Maria Lucia Zulzke, em 03 de outubro de 2009, em São Paulo - SP - Brasil, às 13:42 hs.
sábado, 3 de outubro de 2009
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