Este livro é usado nos meios empresariais, por executivos, gerentes, consultores etc. Eu tenho um exemplar há um bom tempo - edição de 1995. Eu usava os ensinamentos do livro em cursos, seminários e aulas. Inclusive, também, para tentar entender o que eu sentia frente a mudanças muito grandes, assustadoras, doloridas e drásticas na vida pessoal.
Continuo respeitando o autor mas, desde 1995, eu coletei informações e observações sobre mudanças e concluí que a maior parte das pessoas resiste às mudanças.
E queremos mudar o que não está bom.... é difícil e não gostamos de mudar quando estamos felizes e vivendo bem.
Profissionais, há décadas, fazem o mesmo programa na mídia, são apresentadores do mesmo canal e do mesmo estilo de trabalho, estão encantando várias gerações de uma mesma família, eles iriam querer mudar? querer pendurar as chuteiras e ir para casa fazer crochê ou arrastar chinelo sem motivações?
E, nós, telespectadores, adoramos apresentadores, os jornalistas, quando eles nos são simpáticos - gostamos da voz, da forma com que comentam, das suas pausas, que às vezes confundimos e pensamos que nos são íntimos.
Muitos são os mesmos, desde a década de 80, na nossa televisão! E queremos que continuem!
Quando estamos bem, num bom ambiente, queremos mudar? A não ser que seja para manter tudo isso e conquistar algo mais.
Mas quem está trabalhando, no mercado, precisa ficar atento e mudar com velocidade, como diz o autor, pois a concorrência, a competição e a busca do lucro faz com que os executivos não se coloquem limites.
Curioso é por qual razão insistem para que mudemos nosso estilo pessoal, se não diz respeito a essa pessoa ou, não convivemos com a pessoa em questão. Por qual razão pessoas controlam e pressionam outras ?
O autor explica a relação humana com a mudança, as quebras das expectativas, os relacionamentos destrutivos, as fases da resistência às mudanças. É um excelente conteúdo profissional e pessoal, basta fazer a ponte dos conceitos.
pg 53 - "as estruturas que desconhecemos nos mantém prisioneiros" - do livro Fifth Discipline, de Peter Senge, - "somente compreendendo como se relacionam certas variáveis de nossas vidas e como elas influenciam nosso comportamento durante uma transição é que atingiremos, um dia, nossa velocidade ideal de mudança."
pg 178 - Previna-se e evite uma situação ganha-perde, é ruim quando acontece, os conflitos aumentam.
- Adiar julgamentos negativos
- Demonstrar empatia, compreensão para com os outros
- Valorizar a diversidade
- Integrar, favorecer a sinergia, tolerar a ambiguidade
Todo ser humano tem interesse pelo conforto e, ser maleável pode ser um problema. Patrocinadores, agentes querem determinar todas as respostas num mundo incoerente.
A mente é capaz de processar dados rapidamente, as máquinas são ágeis, mas isso não acontece com nossas preferências pessoais e nem nossas emoções.
A psique humana é muito complexa e seria arrogância subestimar os impactos emocionais de mudanças profundas, perdas pessoais, ainda que intelectualmente estejamos preparados para as mudanças.
Maria Lucia Zulzke, em 30 de novembro de 2009, às 8:10 am, em S.Paulo - SP- Brasil
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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