sábado, 7 de novembro de 2009

A Rainha que virou pizza - crônicas - JA Dias Lopes

Esse livro mescla histórias e culinária. E reune entre seus fãs, sem culpa, os adeptos aos "pecados das transgressões" da gula. 

Como grande parte de nós guarda memórias sensoriais e, dentre elas, a memória do paladar, esse livro, na página 264, apresenta como foi criada a pizza que leva o nome da Rainha Margherita e as diferenças culturais entre o modo de se fazer pizza no Brasil e na Itália.

Segundo o autor, no dia 11 de junho de 1889,  foi preparado um jantar para os reis da Itália, Margherita e Umberto I. Uma das pizzas trazia tomate, mozzarella e manjericão, alimentos com as 3 cores da bandeira italiana, vermelho, branco e verde - além dos reis terem adorado a receita dos ingredientes, o aspecto visual, tricolor, encantou a rainha. Por ser escolhida, os cozinheiros napolitanos "batizaram" a pizza vencedora com o nome de Margherita.

A rainha, mencionada como fascinante e adorada pelo povo, usava roupas luxuosas, jóias e dedicava-se às obras assistenciais.

Por meio de cardápios bem escolhidos, de uma cultura culinária com significados e de uma escolha carinhosa, podemos homenagear nossos convidados (as).

Em italiano, segundo o autor, a palavra morbidezza é que melhor exprime a textura da pizza italiana  e coloco uma foto pessoal com uma pizza italiana.




Quando estiver com amigos, provando a pizza Margherita, faça uma homenagem à Rainha que a escolheu e preferiu dentre outras, imortalizando-a para o paladar, desde o século 19.

Nesse instante, você estará sendo, como que um dos convivas da Rainha Italiana, e  não importa o tempo, o espaço ou o século que nos separem - esse é o doce segredo dos legados das seleções.


Maria Lucia Zulzke, em 07 de novembro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, 10:12 am