segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Dança do Universo-Mitos da Criação ao Big-Bang-Marcelo Gleiser- editora Cia Letras

O autor, Marcelo Gleiser, é muito conhecido, carioca, nascido em 1959 e doutorado pela importantíssima King´s College, na Inglaterra. É, também, um divulgador nas televisões e dedicado ao ensino. Prestigiado, foi premiado pelo presidente americano, Bill Clinton, em 1994.


Este seu livro, sobre o legado dos cientistas e físicos, pensadores dos séculos anteriores, mostra que há séculos e séculos a humanidade se aperfeiçoa, estuda e, se desenvolve, fazendo revolucionárias descobertas.


Quando somos crianças e jovens, tendemos a imaginar que "tudo" começou a partir do momento que nascemos ou da década em que viemos ao mundo. No máximo, imaginamos que os experimentos propiciados pela "inteligência" foi do advento do rádio, da luz e de Henry Ford, com a fabricação dos automóveis. Crianças e jovens acreditam que as pessoas de 40 e 50 anos são muito idosas ....


E, quando envelhecemos, vivemos fazendo referências ao passado, como se no passado estivessem as regras certas - era assim no meu tempo, ah no meu tempo, no meu tempo fazíamos assim ou não se fazia assim... mas de qual tempo falamos? de qual referência estamos nos servindo?

Este livro mostra que a ciência vem sendo construída há séculos e que as tendências sociais e regras morais também são duradouras, apesar de nichos sociais, grupos e países de maior liberalidade. O choque cultural do comportamento é ainda uma polêmica.

E, a liberdade de expressão, antigamente, era um assunto altamente perigoso, ser uma voz com nova visão do mundo trazia severas retaliações. Hoje, com determinados meios, discute-se o que se pode ou não divulgar e assim, acontecem os fatos, ao longo dos séculos.

na pagina 192, Marcelo Gleiser escreve : "no universo infinito de Newton, a razão era a única ponte possível até o Divino"

Da pg 135 até pg 162, há o relato sobre o evento entre a igreja católica e Galileu, e em 1992, o papa João Paulo II revogou a condenação de Galileu feita 360 anos antes

"....Ele não sofreu os terrores da tortura nem foi aprisionado num calabouço úmido e sombrio, mas viu-se privado de seu direito mais fundamental, o de expressar livremente suas idéias e descobertas."

Em maio e junho de 2009, foram feitas inúmeras exposições sobre Galileu, em várias cidades da Itália e, inclusive, dentro de igreja. A exposição que vi em Roma, era de recursos de visualização simples, painéis, posters, fotos em papel, nada digital ou interativo mas muito interessante.

pg 160 - "... no dia 22 de junho de 1633, Galileu ajoelhou-se perante os inquisidores, sua voz ecoando nas indiferentes paredes da igreja Santa Maria sopra Minerva: ... com o coração sincero e absoluta fé eu abjuro, amaldiçoo e deploro todos os erros e heresias mencionados anteriormente e quaisquer outros erros e heresias contra a Santa Igreja, e juro que no futuro jamais mencionarei, oralmente ou por escrito, qualquer coisa que levante suspeitas semelhantes contra mim".



pg 161 - "Galileu morreu em 1642, o mesmo ano em que nasceu Isaac Newton. Seus restos mortais podem ser encontrados na igreja de Santa Croce, perto dos restos de Michelangelo e de Maquiavel. "



  Galileu, sentado, com seus discípulos, e idade avançada.

Fotos obtidas em Roma, Itália, de uma das exposições feitas em maio e junho de 2009 sobre Galileu.



sobre a proporcionalidade dos ossos, resistência dos materiais e a aplicação de força e ruptura, estudos de matemática

Maria Lucia Zulzke, em 26 de outubro de 2009, às 12:00, em S.Paulo - SP - Brasil