sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Abrindo a empresa para o consumidor - a importância de um canal atendimento"





capa da primeira edição - 1991

Este livro, escrito por mim, Maria Lucia Zulzke, e publicada a primeira edição em 1991, com outras impressões, a última em agosto de 1997, Editora Qualitymark, está esgotado há alguns anos.

Eu ainda gosto deste livro. Você pode encontrar menções ao livro no google ou em outros sites de busca.

Por qual razão eu gosto deste livro, além de ser a autora?

1 - Existem aspectos abordados no livro que existiram na década de 70 , 80 e 90 e continuam acontecendo.


Por exemplo, o problema da agilização de algumas mudanças necessárias no âmbito do Estado - executivo - legislativo e judiciário.

Muitas das necessidades de aperfeiçoamento são lentas.

Na Introdução, eu relato a minha experiência quando foi lançado no Brasil, o leite longa vida e eu trabalhava no Procon -SP. A rotulagem era lacônica da caixa de leite pois, a lei sobre os dados da embalagem, da década de 50, não  previa o seu uso  para informar consumidores e, os técnicos governamentais, na época, entendiam que iria dar uma conotação publicitária. 


Posteriormente, isso foi mudado, após artigos, pressões e pareceres. A data de fabricação era em código e, ninguém entendia, na década de 70, enquanto na Europa e Estados Unidos, os produtos alimentícios industrializados dispunham de prazo de validade de maneira legível e facilmente entendida.


Quando observamos, ainda hoje, o tempo necessário para o governo introduzir novas leis que regulamentem os novos mercados e, que afetam a população ou grupos, como defensivos agrícolas ou outros, verifica-se que as definições e adoção de normas, regulamentações e leis, são demoradas, deixando anos e anos a população em suspense e desprotegida. 


Quantos anos foram necessários para que fosse regulamentada a lei que estabelece o destino das embalagens de produtos agrícolas na área rural? Décadas depois dos primeiros alertas sobre o risco de contaminação da água, do solo, problemas aos trabalhadores rurais etc. Décadas depois dos movimentos de ambientalistas no âmbito mundial.

Inúmeros outros fatos, polêmicos, ficam circulando pelo mercado, sem regulamentação da lei, durante anos, mesmo quando já existem decisões em outros países. Nesses momentos, as vítimas da falta de lei, dificilmente serão ressarcidas ou suas vidas restabelecidas pela defasagem de tempo das práticas até a introdução da lei.


2 - O capítulo - Gerenciando informações internamente, onde menciono os conflitos internos, os fatores complicadores, a sinergia entre os setores internos etc é um dos capítulos preferidos pelos leitores e que eu mais gosto, pois foi quando trabalhei os conceitos de Pichon Riviére, para grupos operativos, e fiz uma associação livre com o que acontecia na prática dentro da empresa.

ler meu blog www. marialuciazulzke. blogspot.com sobre isso, em 16 de setembro - os grandes desafios internos.

3 - Lucratividade - baseado em John Goodman, da Tarp, como mencionei no dia 15 de outubro, como um dos meus principais mestres, entre outros igualmente importantes.


4 - Sobre o Movimento dos Consumidores - fatos marcantes e as primeiras iniciativas no Brasil, esse capítulo precisaria ser atualizado, a última revisão aconteceu em 1997.

E,  menciono este livro, cujo título foi propositalmente escolhido no gerúndio,  pois quando escrevi, em 1990, era um processo ainda em definição pelas empresas - abrir ou não seus dados, suas informações, abrir ou não os departamentos de serviços a clientes e, mesmo agora, as empresas continuam reelaborando seus aperfeiçoamentos porque é um movimento que nunca fica totalmente pronto.  Daí eu ter usado o gerúndio que infelizmente foi padronizado nas conversas do SAC, por alguém que deixou todos os Call Centers com os mesmos termos para responder aos consumidores.

             Maria Lucia Zulzke, em 30 de outubro de 2009, às 15:00 hs, em S.Paulo - SP - Brasil


artigos em revistas e jornais complementavam informaçõesrepercussão sobre o livro 1990 Revista Veja



capa da segunda edição 1997 quarta tiragem

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

29 Outubro - Dia Nacional do Livro

Para comemorar o Dia de Hoje, Dia Nacional do Livro,
colégios e pessoas doaram livros.
                            
Da nossa parte, colaboramos com 70 livros para Doação!

sobre: Simplicidade
          Democracia
          Alma de Empresas 
          Marketing
          Lideranças para Qualidade
          Psicologia do Consumidor
          Dinâmica de Grupo
          Romances como o livro - Dia do Coringa
          Presidência de Empresas
          Como vencer a Crise
          Atendimento a Clientes
          e, muitos outros ....
          Aproveitem!


A Leitura é um grande aprendizado e prazer.

Que o conteúdo seja BOM!

E, que o Leitor se torne melhor do que antes.





Biblioteca da Universidade de Coimbra, inaugurada 1540.
30 mil volumes, estilo barroco do século 13.
Na mesma época, existiam na Europa, as bibliotecas de Bolonha - Itália, Sorbonne - França, Oxford - Inglaterra e Salamanca - Espanha.


Maria Lucia Zulzke, em 29 de outubro de 2009, às 21:44 pm, em S.Paulo - SP - Brasil


Na Biblioteca de Nova York, homenagem a Voltaire !




Um bom lugar para ver livros ... Biblioteca de  Nova York ....


Em Nova York,  de acordo com o que li, pela internet, está sendo aberta, no dia de hoje, 29 de outubro de 2009, uma exposição na Biblioteca de Nova York em homenagem a Voltaire e, particularmente ao seu  polêmico livro -  "Candide". Irá até abril de 2010.



Maria Lucia Zulzke, em 29 de outubro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, às 17:15 pm

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Literatura para rejeitar !

Nas minhas estantes, alguns livros que eu nem me lembro do que tratam ou, talvez, nem tenha lido anteriormente.

Abri um, aleatoriamente, como às vezes eu faço e, após rápida leitura, para conferir, antes de doar para alguma entidade, levei um susto, que assuntos terríveis ...

Não compartilhar desse tipo de escrita é um ato de amizade e cuidado, maior do que mostrar e mencionar o "lixo" que encontrei!

Por isso gosto de ressaltar o cuidado que devemos ter em selecionar o que compramos e o que damos de presente.

Um livro, como presente, e com dedicatória, impede que se troque na livraria, mas é fácil de transformar em papel picado no lixo, para reciclar. 

Maria Lucia Zulzke, em 28 de outubro de 2009, às 17:50 em S.Paulo - SP - Brasil

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Dança do Universo-Mitos da Criação ao Big-Bang-Marcelo Gleiser- editora Cia Letras

O autor, Marcelo Gleiser, é muito conhecido, carioca, nascido em 1959 e doutorado pela importantíssima King´s College, na Inglaterra. É, também, um divulgador nas televisões e dedicado ao ensino. Prestigiado, foi premiado pelo presidente americano, Bill Clinton, em 1994.


Este seu livro, sobre o legado dos cientistas e físicos, pensadores dos séculos anteriores, mostra que há séculos e séculos a humanidade se aperfeiçoa, estuda e, se desenvolve, fazendo revolucionárias descobertas.


Quando somos crianças e jovens, tendemos a imaginar que "tudo" começou a partir do momento que nascemos ou da década em que viemos ao mundo. No máximo, imaginamos que os experimentos propiciados pela "inteligência" foi do advento do rádio, da luz e de Henry Ford, com a fabricação dos automóveis. Crianças e jovens acreditam que as pessoas de 40 e 50 anos são muito idosas ....


E, quando envelhecemos, vivemos fazendo referências ao passado, como se no passado estivessem as regras certas - era assim no meu tempo, ah no meu tempo, no meu tempo fazíamos assim ou não se fazia assim... mas de qual tempo falamos? de qual referência estamos nos servindo?

Este livro mostra que a ciência vem sendo construída há séculos e que as tendências sociais e regras morais também são duradouras, apesar de nichos sociais, grupos e países de maior liberalidade. O choque cultural do comportamento é ainda uma polêmica.

E, a liberdade de expressão, antigamente, era um assunto altamente perigoso, ser uma voz com nova visão do mundo trazia severas retaliações. Hoje, com determinados meios, discute-se o que se pode ou não divulgar e assim, acontecem os fatos, ao longo dos séculos.

na pagina 192, Marcelo Gleiser escreve : "no universo infinito de Newton, a razão era a única ponte possível até o Divino"

Da pg 135 até pg 162, há o relato sobre o evento entre a igreja católica e Galileu, e em 1992, o papa João Paulo II revogou a condenação de Galileu feita 360 anos antes

"....Ele não sofreu os terrores da tortura nem foi aprisionado num calabouço úmido e sombrio, mas viu-se privado de seu direito mais fundamental, o de expressar livremente suas idéias e descobertas."

Em maio e junho de 2009, foram feitas inúmeras exposições sobre Galileu, em várias cidades da Itália e, inclusive, dentro de igreja. A exposição que vi em Roma, era de recursos de visualização simples, painéis, posters, fotos em papel, nada digital ou interativo mas muito interessante.

pg 160 - "... no dia 22 de junho de 1633, Galileu ajoelhou-se perante os inquisidores, sua voz ecoando nas indiferentes paredes da igreja Santa Maria sopra Minerva: ... com o coração sincero e absoluta fé eu abjuro, amaldiçoo e deploro todos os erros e heresias mencionados anteriormente e quaisquer outros erros e heresias contra a Santa Igreja, e juro que no futuro jamais mencionarei, oralmente ou por escrito, qualquer coisa que levante suspeitas semelhantes contra mim".



pg 161 - "Galileu morreu em 1642, o mesmo ano em que nasceu Isaac Newton. Seus restos mortais podem ser encontrados na igreja de Santa Croce, perto dos restos de Michelangelo e de Maquiavel. "



  Galileu, sentado, com seus discípulos, e idade avançada.

Fotos obtidas em Roma, Itália, de uma das exposições feitas em maio e junho de 2009 sobre Galileu.



sobre a proporcionalidade dos ossos, resistência dos materiais e a aplicação de força e ruptura, estudos de matemática

Maria Lucia Zulzke, em 26 de outubro de 2009, às 12:00, em S.Paulo - SP - Brasil

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Manual de la Sabiduría - Paidós Plural/ Và dove ti porta il cuore - Bur La Scala



Quem gosta de aprender idiomas e entender melhor a "alma" de um povo, ler romances ou livros de leitura fácil, no idioma que se está estudando, é um excelente aprendizado.

Eu adorei ler o romance italiano, escrito por  Susanna Tamaro - "Va´ Dove Ti Porta Il Cuore". Ela é uma escritora nascida em 1957, em Trieste, com vários romances publicados.

Na contracapa do livro, ela escreveu: "E quando poi  davanti a te si apriranno tante strade e non saprai quale prendere, non imboccarne una a caso, ma siediti e aspetta. Respira con la profondità fiduciosa con cui hai respirato il giorno in cui sei venuta al mondo, senza farti distrarre da nulla, aspetta e aspetta ancora. Stai ferma, in silenzio, e ascolta il tuo cuore. Quando poi ti parla, alzati e vá dove lui ti porta."

A sonoridade da lingua italiana é fascinante!
fiducia - confiança; aspetta - espera; prendere - tomar; giorno - dia.... é uma lingua lindíssima!

tradução livre: quando diante de você abrem-se muitas opções e não sabe qual delas adotar, não se precipite indo ao acaso por uma delas. Senta e aguarda. Respira com confiança como se fosse no dia em que nasceu. Escuta seu coração e, quando o coração falar, levanta e segue.





Manual em espanhol: Comprei esse livro em espanhol mas, mesmo com as semelhanças da lingua portuguesa, eu tenho dificuldades em aprender o espanhol. Acho mais difícil do que o italiano, exatamente porque é um falso similar ! 

O livro de Edward de Bono é bacana, pode-se parar na hora que quiser e retomar a leitura quando puder.

Por não ser um romance, a leitura de Bono é feita aos poucos.

"?Cuándo se convierte la seguridad en arrogancia? ? Es nuestra seguridad algo más que "arrogancia" ante los ojos de otra persona?"

"La sabiduría tiene lugar en la percepción. Otelo estaba demasiado seguro de la posibilidad de que Desdémona le fuera infiel, lo que le condujo a una certeza de fatales consecuencias. Eso fue una remarcable falta de sabiduría, debido a la percepción impulsada por una fuerte emoción. "

Não é incrível que usem pontos de interrogação na frente da frase e no final da frase? Sinalização da dúvida!


Edward de Bono, creio que é americano, mas tem na sua biografia referências a cargos ocupados nas Universidades de Oxford, Cambridge, Londres e Harvard, com vários livros publicados e usados em empresas, com técnicas interessantes como as metáforas de se usar diferentes tipos de pares de sapatos para a ação  e, usar chapéus para diferentes papéis na vida ou funções ...

Bons livros, bons livros. Idiomas incríveis!

Maria Lucia Zulzke, em 23 de outubro de 2009, às 8:30 am, em S.Paulo - SP - Brasil

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aprendi com meu pai - Luís Colombini - www.versar.com.br

O livro foi coordenado por Luís Colombini a quem cumprimentei pelo email acima e divulguei seu livro para amigos. Dei a dica no site bbel, em julho de 2009, como bom presente para Dia dos Pais.

Luís Colombini pode ser localizado no site acima.

Para quem tiver curiosidade sobre quem mais escreve além de Robert Wong - são  inúmeras pessoas importantes na nossa sociedade, que mostram sua voz, sua influência e sua visão de mundo .Alguns outros, além de Robert Wong:  Alice Carta (poucas mulheres, dentre os que se apresentam) - Roberto Duailibi - Nelson Motta - José Mindlin (não misture fantasia e realidade, foi a lição aprendida ao precisar mencionar nome de cidades) entre outros.

Alice Carta - confessou-se mimada, filha única e lembrava-se de um fato marcante quando se esqueceu de uma poesia aos 7 anos e foi humilhada por uma colega de escola.

O pai quem melhor a entendeu - disse-lhe que, se ela não havia conseguido naquele dia lembrar da poesia, mais tarde iria conseguir e completou: não ligue para o que dizem! Acredite em você!  Ela confia em si mesma e gosta de prevenção! "Eu posso dormir tranquilo enquanto os ventos sopram". Seu pai, Jorge Besterman, trabalhou na indústria automobilística e morreu cedo, aos 59 anos de idade.

Identifiquei-me em alguns aspectos com ela pois, além de meu pai ter também morrido cedo, aos 57 anos, ele também usava uma frase semelhante sobre não dar atenção a que os outros dizem - "Os cães ladram e a caravana passa".

Belíssima leitura para todos que gostam de histórias curtas, rápidas, profundas e de pessoas influentes na sociedade brasileira.

Maria Lucia Zulzke, em 22 de outubro de 2009, às 12:55 em S.Paulo - SP - Brasil

Aprendi com meu pai - Luís Colombini

Um ou outro? Este ou aquele? Olho para as estantes de livros e, do prazer que eu sentia em selecionar um livro para apresentar neste blog, a disputa entre os títulos começou a me atormentar!  Que humor!


Por qual razão este impasse entre os vários livros?




Escolhi o título: Aprendi com meu pai



Na minha adolescência  eu lia muitos livros e, após completar a leitura de um livro, escrevia uma ficha como de bibliotecária e fazia um resumo. Arquivava numa caixa de sapatos que eu havia forrado com papel colorido. Tinha dezenas de fichas brancas preenchidas e isso me ajudou muito nas aulas de português. No final da ficha, eu mencionava todas as palavras difíceis que havia aprendido e procurado no dicionário pois não conhecia o seu significado.


O livro de Luís Colombini é lindo! São histórias curtas, de pessoas muito bem sucedidas na nossa sociedade brasileira, na economia do país e na riqueza nacional, em todos os aspectos - religiosos, artísticos, empresariais, televisivos, da publicidade, da gastronomia etc etc etc . Quem comprar ou ler o livro saberá.

Começarei por Robert Wong - seu pai foi um general na China e precisaram deixar o país pelas forças dos ventos que sopravam por lá.

Ao chegar ao Brasil, o pai sem o cargo, sem suas propriedades, prometeu aos filhos o que lhes proporcionaria - educação, saúde e auto-estima! Promessa cumprida - Robert diz ter ótima saúde,  e mais de 60 anos, inquestionável educação e eu conheço um de seus amáveis e inteligentes irmãos, influente na opinião pública.

Adorei a lição de casa que seu pai lhes impunha!

Escrever e copiar as palavras do dicionário, de A a Z, com significado e exemplos. E o pai dava um ditado e se acontecessem erros, mais estudos, até que as crianças ficassem firmes. Depois, iam brincar, tinham liberdade para o lazer.



palavras no Museu da Lingua Portuguesa, em S.Paulo, lugar obrigatório para visitar!

Esta foi uma das melhores lições que li no livro!

Existem outras lições valiosas, algumas surpreendem.  No conjunto, mostram a diversidade de valores existentes na liderança e na elite brasileira.

Eu não irei mencioná-las pois os pais, em geral, são modelos de vida para seus filhos e o olhar amoroso é um atenuante para as interpretações de sucesso dos filhos. 

Maria Lucia Zulzke, em 22 de outubro de 2009, às 11:55 am, em S.Paulo - SP - Brasil

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"The Silent Language" - Edward T. Hall

Eu já trouxe esse autor americano, anteriormente, e irei mencioná-lo novamente, neste blog. Ele, como antropólogo e, durante anos e anos, Diretor de Treinamento e Comunicação, na Escola de Psiquiatria de Washington - USA, contribuiu muito com "insights" extremamente importantes.

Tenho especial fascínio por esses estudos pois só vim  conhecer esse tipo de observação científica bastante tarde, com quase 50 anos de idade. Era como se eu tivesse nascido, finalmente, neste planeta.

Na juventude, eu estudei no científico,  cursei Engenharia e confesso que meus referenciais eram muito próprios das ciências exatas.

Diziam que eu via o mundo com "óculos coloridos" e não o mundo como é, na realidade. Mas, afinal, ao assistir televisão, invadem a tela milhões de diferentes realidades!

Na faculdade, eu estudei praticamente todos os dias, inclusive, aos sábados e domingos. Durante a semana, com grupo de colegas, estudávamos até meia noite ou mais pois era "puxadíssimo"!

De manhã e à tarde, aulas e mais aulas, matérias exatas, cálculos, reações nos alimentos, leis da física, química, crescimento dos microrganismos etc.

Comecei a ler alguns livros de "humanas", como antropologia ou psicologia, depois dos 30 anos.

Eu sobrevivi nas diferentes culturas com a convicção de que havia um "lugar ao sol" para mim. E essa auto permissão para viver é muito importante!

Edward, o antropólogo, acumulou, trabalhou e compartilhou sua experiência ao observar as diferentes culturas como mecanismos inconscientes e, também, estudou, individualmente, como os seres humanos podem transcender limites.

O título do livro já é muito bom: A Linguagem Silenciosa! e,
o antropólogo, observou o comportamento das pessoas em diferentes locais e países :  Não se trata apenas de não usar palavras na comunicação, mas é um universo inteiro de comportamentos sendo projetado, mesmo que, na ausência de palavras.

Quanto mais estudamos esses assuntos, mais percebemos como é importante, aliás, essencial que se entenda como as outras pessoas observam os nossos comportamentos - não nossas palavras, mas nossos comportamentos. E, o mais intrigante, é constatar que comportamentos são aprendidos e são culturais,  daí tantas diferenças, tantas divergências e tantos desencontros.

Um telefonema, dependendo do horário, tem um significado  diferente - indica o grau de interação e intimidade entre as pessoas e a importância do assunto. Nos Estados Unidos, por exemplo, se alguém chama uma pessoa muito cedo, de manhã, quando ainda é horário do café da manhã, significa que é de extrema urgência. Um telefonema durante a madrugada, período em que se considera que todos dormem, é considerado um assunto de vida ou morte.

No mundo relacional e social, formal, só com muitos pedidos de desculpas é que se pode fazer um convite para um jantar com 2 ou 3 dias de antecedência.

O autor relata várias experiências relacionadas ao TEMPO: dois irmãos haviam combinado se encontrar em Cabul, num determinado mercado, mas não disseram em qual ano voltariam a se procurar. Um deles, anualmente, ia até o local, para ver se o outro havia aparecido e nunca voltou a localizar o irmão. É  estranho como pessoas lidam com o seu tempo e do outro!

Outra observação: no Irã, faz parte da cultura que homens leiam poesias, andem de mãos dadas, desenvolvam sua intuição e sejam mais sensíveis em oposição ao comportamento feminino, formatado para ser mais prático.


Portanto, comportamentos são aprendidos e não inerentes à natureza humana!


Com sua visão de antropólogo, verifica como a cultura é construída, tijolo por tijolo. O fenômeno cultural surge como uma construção da comunicação, assim como os idiomas levantam diferentes imagens da realidade.


Os tempos evoluem rapidamente em termos de ciência e tecnologia, mas precisamos questionar se evoluem os processos de controle, de julgamento de comportamentos e de poder. Podemos ter muita surpresa com a realidade dos fatos.

Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo-SP-Brasil, às 9:22am, 21 outubro de 2009.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Portais Secretos - Nilton Bonder - Rocco Editora

Até breve, Lya Luft! Seu livro continua pertinho do meu coração.

Eu me comprometi, internamente, com os outros autores e quero apresentá-los aos meus eventuais leitores (nem imagino quem leia este meu blog além de algumas poucas pessoas queridas de minha família nuclear!)

Um dos meus mais prezados autores, em meu histórico de vida profissional, por mais de 16 anos, é o rabino Nilton Bonder. Creio que tenho quase todos os seus livros, recomendo que comprem e leiam!  

Eu escrevi para o rabino Nilton Bonder, em 1997, pois adoro cumprimentar os autores e fiz questão de usar referências de seus livros em meus cursos.  Seus livros foram devidamente mencionados e os créditos ressaltados. Ao escolher o seu livro -  "Portais Secretos - acessos arcaicos à internet" - meu objetivo é duplo: também prestigiar esse meio de conexão e comunicação, poderoso por nos conectar com os demais  que 
"comungam" nossos maiores valores pessoais,  familiares, profissionais, sociais, ambientais etc 

Eu só abro sites que me deixam à vontade e como não sou contratada por ninguém e nem estou investigando o lado dark do mundo,  eu faço um foco no que considero o melhor para mim.

Vamos ao livro:

pg 88 " Como posso rezar pedindo para que alguém se arrependa de suas faltas, quando esta prece, se for ouvida nos céus, representa uma clara interferência no livre-arbítrio desta pessoa?"

" Respondeu o rabino: O que é D´us? A totalidade das almas. Seja lá o que existe no todo, também existe na parte. Portanto, em cada alma, todas as almas estão contidas. Se eu me transformo e cresço como indivíduo, eu mesmo contenho em mim a pessoa a quem quero ajudar, e esta contém a mim nela. Minha transformação pessoal ajuda a tornar "o ele em mim" melhor e o "eu-nele" melhor, também. Desta forma fica muito mais fácil para o "ele em mim" tornar-se melhor."

pg 89 " Mas se não conseguimos ainda sequer perceber isto em relação a outros seres humanos, com os quais temos tantas intercessões, imagine-se então com outras espécies ou com tudo mais que existe.

É parte da evolução humana descobrir que o mundo externo é uma representação do lugar de cada um de nós. Quando entendermos isto, vamos nos surpreender por reconhecermos o quanto nossas existências são uma representação virtual destas inúmeras interações. Nossas vidas são um meio, uma mídia, uma determinada forma de expressão destas intrincadas interações da rede."

pg 75 - " A interatividade é a cidadania do exílio. A chamada realidade virtual não é a realidade da mentira, a realidade que não está acontecendo. O que é virtual hoje é o que não possui uma mídia apurada o suficiente para ser percebida como uma realidade absoluta."

pg 69 " Diferentemente dos nômades que nunca internalizaram o paradigma do lugar, os descendentes de Israel traziam esta dualidade de preservar o sonho de retorno ao lugar a partir de uma experiência profunda de não-lugar. E tornaram-se mestres no não-lugar.....Um mundo tentando se consolidar em fidelidades nacionais, convivia com estes que funcionavam internacionalmente. Seja no comércio no qual se sobressaíram ou mesmo nas atividades financeiras, os judeus viviam numa dimensão internacional e isto era compreendido como muito perigoso "


Maria Lucia Zulzke, em 20 de outubro de 2009, às 10:37 am, em S.Paulo - SP - Brasil.

domingo, 18 de outubro de 2009

O Rio do Meio - Lya Luft - Editora Mandarim


Vou recomendar este livro para quem se interessar no tema. A autora é de valor inquestionável e reconhecido.

Transcrevo, alguns poucos parágrafos, para dar curiosidade aos amantes da boa leitura:

" Quando invento e desinvento, quando manejo esses cordéis, são tão reais para mim essas criaturas minhas como se sentassem à minha mesa e vagassem no meu corredor. "

"Ninguém que conheci está inteiro em meus livros; muitos estão em pedaços, cacos de humanidade que vou remontando, reorganizando em novos perfis. Vou puxando aqueles fios e com eles vêm as histórias desses personagens que são meus de um modo que nem eu entendo."

"Alguns autores falam lucidamente da arquitetura de seus livros: eu, antes, parece que a recebo quase pronta do meu interior, a intuição em seus lampejos pescando em um território que foge às minhas racionalizações. Talvez por isso a literatura me ocupa bem menos que a vida." pg 134


pg 107 - " Junto com o filho gestamos dúvidas: dar a vida será dar a essa criança sua individualidade, suas derrotas e conquistas. E muito pouco disso poderemos vigiar. Cada filho rasga em nosso flanco uma ferida por onde entram dores e alegrias, e não seremos mais donas de nós. Mesmo quando esse bebê já for uma mulher serena ou um sólido homem com sua própria família e sua profissão, continuaremos - ainda que disfarçando - atentas, aprendendo que amar é tantas vezes um mergulho cego."

pg31 "Não faz muito tempo alguém me contou que fora aluno dele (pai da Lia Luft) já em seus últimos anos, e ficara impressionado com a simplicidade com que, recebendo-o em casa, vendo-o avaliar a quantidade de livros, o velho mestre dissera, abrangendo com um pequeno gesto as quatro paredes ao seu redor: - Estes são os meus amigos. Quando criança eu não imaginava que um pai pudesse sentir-se solitário. Era inocente."

pg 37 -" Tem mais de quarenta anos......Entrou numa joalheria e comprou um anel que nunca mais tirou do dedo, sua aliança consigo mesma e com a sua verdade."

Só lendo, para apreciar o que essa bela leitura proporciona. Com delicadeza, tanta delicadeza e afeto, ela estimula a ousar e não desistir.

Eu voltarei a este mesmo livro.

Maria Lucia Zulzke, domingo, dia 18 de outubro de 2009, às 9:24 am, em S.Paulo - SP - Brasil - primeiro dia do horário de verão - pelo horário de verão 10: 24 am

sábado, 17 de outubro de 2009

"The Future of Consumerism" - Paul Bloom e Ruth Smith - Lexington Books

Direito do consumidor não pode ser hierarquizado em relação à conquista de outros direitos de cidadãos - direito ao emprego, ao trabalho remunerado, à erradicação do trabalho infantil e escravo, à não violência contra a mulher etc

           Não se pode usar o raciocínio OU OU

Ou você quer deixar de apanhar todos os dias "do seu homem" que se julga seu "proprietário"  ou  quer continuar tendo direito ao trabalho, fora de casa, na sua formação, com remuneração?

Ou quer roupinhas novas para seus netinhos ou quer estudar numa universidade?

Um pouco de humor: O que quer na vida? Escolha ISTO OU AQUILO? O que teria mais valor na sua Vida? Escolha entre um casamento tranquilo ou maternidade bem sucedida ou dinheiro ou emprego? Dou-lhe uma, duas e três. Acabou o seu tempo!

"gênios do mal" ou " gênios do humor negro" teriam tal raciocínio, como se pudéssemos ter uma única coisa na vida: dinheiro ou saúde, amigos ou viagens, filhos ou emprego etc?

Tanto se tem a construir e aprender!

As mulheres, dependendo da força dos "gênios do mal",  estariam em desvantagem porque homens podem esconder filhos fora e dentro do casamento, podem contratar barrigas de aluguel, comprar óvulos pelo correio e, tendo dinheiro e falta de escrúpulos, um homem pode tudo!

A situação sem controle, alguns setores vitais como a reprodução assistida completamente sem lei, sem regra, sem controle. Um perigo imenso e, sem lei...


Mulher, frágil no mundo público, frágil no mundo político, responsável pelo mundo privado da casa e das crianças, tateando no mundo financeiro, sem aptidão no mundo das negociações, frágil fisicamente, frágil em alianças de poder, frágil na família, censurada pela beleza e poder de atração, fácil de ser derrubada e empurrada para a banal rotina fisiológica do viver - comer, dormir, acordar, andar, fazer compras, ler, sem qualquer interação inteligente com os sistemas, sem nenhuma retroalimentação, célula isolada, sem acidente concreto, sem acidente de percurso, sem saber por qual aspecto fático - "o poder da mão invisível" - "o poder das forças ocultas que tanto oprime, sem que se saiba como funciona, quanto dura ou se prolonga, de onde se origina" -  um processo kafkaniano,
avilta a alma, amesquinha o ser, deforma as formas, anestesia os sentidos. 
sistemas sem rosto, lobos do ser!
mostra sua cara e diz o que ganha, deve ser muito grande seu lucro ....

Vamos ampliar as cotas nas universidades e dar mais oportunidades às pessoas de origem afro-descendente? Sim!

Ampliar as vagas mas não punir jovens, cidadãos e cidadãs de ascendência de outras etnias, cujos pais ou avós nasceram em outros continentes, estudantes igualmente brasileiros que teriam condições de entrar nas faculdades pelo saber!

Vamos erradicar trabalho infantil ou juvenil, combater trabalho escravo, rastrear a origem da madeira? Sim!

Mas isso não significa que vamos "paralisar" pessoas bem sucedidas, num estado vegetativo dentro da sociedade, pelas suas opções políticas.

Tentei fazer alguns exames clínicos pelo SUS e não consegui. Que estranho!

Será que eu teria cedido a alguém meu "teórico direito ao uso do SUS"?

Os consumidores não vão dar conta, individualmente ou através das associações, de corrigir as injustiças sociais que são derivadas de centenárias correntes de poder.

Por exemplo: se hoje, 2009, despejam toneladas de lixão da Inglaterra em terras brasileiras, e nisso estiveram envolvidas, por ação ou omissão, alfândegas dos países, autoridades sanitárias e de controle marítimo, negociações empresariais e advogados etc, digam-me, como ficará o consumidor inglês, o europeu e o brasileiro num caso extremo e de "toneladas" de lixo como esse?

Consumidores, hello, se alguém ler essas linhas, vocês tomaram alguma posição?

Associações, hello, o que fizeram? E as sujeiras nos mares, e os lixões nos mares? Quem toma conta da saúde dos mares?

O livro " The future of consumerism" é importante referencial para ser lido e estudado, atualizado. Essas questões precisam ser agregadas, sobre o futuro.

As introduções às tecnologias de conhecimento muito especializado nos levam a grandes dificuldades de auto defesa - engenharia genética, energia nuclear entre outras tecnologias herméticas.

Viver sem entender o que nos cabe fazer, tornou-se um pesadelo - visualizamos o estado físico dos produtos e escolhemos, mas, fora disso, como pressionar o que nada entendemos e  não podemos analisar?

E, o que dizer desses bancos de espermas, de óvulos e de embriões, no Brasil e em outros países. Quem faz controle? Imagine se um dia você anda na rua e encontra alguém idêntico a um filho ou filha, como chegaram a isso?  Ou tem filhos em outros países, netos sem nunca saber?

Quando começarão a tornar abertas e claras as informações e os registros dessas clínicas, visto que implicam nas vidas presentes e futuras? A quem está subordinada a legalidade do funcionamento dessas clínicas no Brasil?

Enquanto a maioria defende o "pão de cada dia" o futuro estará nas mãos de quem? Futuro do movimento dos consumidores!

De cidadãos a consumidores - triste negociação do mercado.

Maria Lucia Zulzke, em 17 de outubro de 2009, às 13:00 do sábado em S.Paulo - SP - Brasil, chove e faz frio. É uma primavera com todo o perfil de outono.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aprenda - Leia

Hoje, dia 16 de outubro de 2009, importante reforçar a importância da leitura no mês do mestre e dos professores!


por Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, 20:52

Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Alimentos - Varela Editora

Distoa dos livros anteriores, um Manual Higiênico- Sanitário, em Alimentos? Pois, este é um dos meus livros mais estimados, porque após estudá-lo, ajuda a garantir alimentação de excelente qualidade e confiável! O livro apresenta informações relevantes - palavra de Engenheira de Alimentos.

Razões para essa minha escolha:

1 - Hoje, dia 16 de outubro, é Dia Mundial da Alimentação

2 - Alimentação tem a sua base na higiene e sanidade dos alimentos

3 - Alimentos saudáveis conduzem à saúde e o contrário é verdadeiro, deteriorados conduzem à doença

4 - Esse Manual é extremamente importante e sua linguagem fácil para Todos que trabalham com alimentos

Esse livro, de autoria de Eneo Alves da Silva Jr, eu adquiri em 2002, ao voltar para estudar algumas matérias na Faculdade de Engenharia de Alimentos, na Unicamp - Segurança Alimentar e Controle de Qualidade dos Alimentos entre outras, após aquele ano.

São muito importantes as informações e várias são esquematizadas, facilitando a visualização. Quem precisar estudar e aprender sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos e aplicar os princípios do Sistema APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle é um livro fundamental.

São abordadas as questões de temperatura para eliminar os microrganismos patogênicos, sobre temperatura de refrigeração e multiplicação de microrganismos, refrigeração segura em alimentos, controle das matérias primas, higiene da cozinha, economia da água e como evitar o desperdício entre as 450 páginas de excelentes informações.

Alguns tópicos para estimular sua leitura:

pg 268 - 26.1.2 - Higiene das mãos
"Deve ser efetuada toda vez que o funcionário entrar no setor, na troca de função e durante a operação de hora em hora.
- Umedecer as mãos e antebraços com água;
- Colocar nas mãos o sabonete líquido, neutro, inodoro. Iniciar a massagem das mãos;
- Lavar a torneira, fechando-a (quando a abertura for manual)
....... continuam as recomendações até secar naturalmente ou com ar quente ou as mãos com toalha de papel descartável virgem (não reciclado), de preferência branco.

pg 301 - Doenças de Origem Alimentar


Podem ser causadas por intoxicações químicas, fontes naturais e por microrganismos:


"Intoxicações Químicas: metais, agrotóxicos, raticidas - os problemas acontecem com alimentos fora da cozinha, não dependem da manipulação segura dos alimentos e não podem ser removidos por ela. Depende do controle de qualidade da matéria prima adquirida"


"Intoxicações Naturais : plantas, cogumelos, peixes, moluscos, mexilhões, dinoflagelados"


"Bactérias, Virus, Fungos e Parasitas: por manipulação inadequada, equipamento sujo, temperatura que favorece a proliferação bacteriana, manipulação contaminada, técnica culinária inadequada, reaquecimento inadequado, contaminação cruzada, falta de higiene pessoal, alimentos impróprios, insetos e roedores"


pg 308 e 309 - Infecção Alimentar, invasiva ou não. Agressão ao epitélio intestinal ou produção de toxina no organismo.

São informadas as fontes, os alimentos, e a forma de contaminação por Salmonellas, Shigellas, Yersinia Enterocolítica, Escherichia coli, Clostridium entre inúmeras outras.

pg 376 - Fatores importantes que contribuem para surtos de doenças de origem alimentar, constituindo alto risco:
- manutenção de alimentos cozidos em temperatura ambiente ou abaixo da temperatura de segurança por mais de 4 horas;
- refrigeração inadequada devido ao armazenamento de grandes quantidades de alimentos em recipientes com mais que 10com de altura;
-....
- pessoas portadoras de microrganismos patogênicos, tocando os alimentos cozidos ou aqueles que não serão aquecidos posteriormente
....
- contaminação cruzada, alimentos crus contaminando alimentos cozidos, através das mãos, utensílios, superfícies ou panos
- higiene de alimentos crus de origem animal (moluscos, leite, carne moída, gema de ovos etc) ou mistura destes alimentos a outros que não serão processados à quente."


E, precisa ler e ler, estudar e estudar,  fazer bem o foco do trabalho, da rotina e tornar a alimentação nutritiva, saudável e gostosa!

Maria Lucia Zulzke, em 16 de outubro de 2009, às 7:35 am, em S.Paulo - SP - Brasil

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Strategic Customer Service - John A. Goodman

Hoje, Dia dos Professores, Dia dos Mestres, celebrado no Brasil, o livro a ser ressaltado é de um mestre, há décadas, para executivos, empresários e alunos nos Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e em vários outros países.

" Strategic Customer Service" - por John A. Goodman e  com uma introdução super bacana, sincera, objetiva e empresarial de Dennis E. Gonier, dizendo o que gosta e não gosta no livro. Adorei!

O valor dos estudos e ensinamentos e pesquisas de John Goodman não pode ser contabilizado pelo preço de um livro ou de uma consultoria ou de um projeto. Existem  pessoas de dimensões e valores intangíveis. Este pesquisador pertence ao grupo de profissionais cujo trabalho transcende a qualquer preço!

Este livro, recém lançado, é imprescindível para quem trabalha ou estuda, de maneira ampla, séria sobre consumidores e mercado de consumo, visando melhorias e lucratividade no mercado, na área de "customer affairs", lealdade à marca e pretende ampliar o efeito da comunicação positiva, maximização dos lucros das empresas.

Pode ser encontrado pela Amazon, em inglês, ou talvez outras distribuidoras de livros.

Futuras traduções para outros idiomas a partir de 2010.







A TARP localiza-se em Arlington, VA, USA - www.tarp.com

Trabalhamos juntos, por um curto período, e mudanças grandes aconteceram na década de 90 para as empresas, tanto lá nos Estados Unidos como por aqui, inclusive, minha mínima empresa de consultoria e outras grandes mudanças na Tarp.

Desde a década de 80, aprendo com John Goodman sobre atendimento a clientes em empresas! Ele sempre foi generoso enviando artigos, publicações e  o que desenvolvia e pesquisava.

Maria Lucia Zulzke, em 15 de outubro de 2009, às 13:40 hs, S.Paulo - SP - Brasil

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"EU, um outro" - Imre Kertész - editora Planeta


Imre Kertész ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2002.

Este seu livro me atraiu pelo título e, o autor, deve ter uma especial delicadeza.

Doeu na alma ler esse seu livro. Porém, ao mesmo tempo, fica a mensagem e convicção do quanto cada um de nós precisa lutar para viver e proteger momentos de beleza.

Como superar a memória coletiva ou a experiência pessoal da barbárie - invasiva, opressora, destrutiva e castradora? Não há quem saia ileso(a) de uma experiência agressiva e perversa, constante e reincidente.

Identifiquei-me em várias passagens do livro e, eu explico: nasci no Brasil, numa cidade do interior do estado de S.Paulo, de mãe e pai brasileiros, mas ao entrar na escola, pequena, dei-me conta que por ter um sobrenome diferente com dois z, u e k, e de grafia incomum, criava curiosidade no meio dos colegas de sobrenomes latinos.

Essa era uma singela diferença pois, criança, eu desconhecia as  diferenças sociais existentes no momento de nosso nascimento pela ascendência,  pela "casta" e tantas outras estratificações  entre os seres humanos independentemente da cor da pele...

Três dos meus avós eram italianos que haviam chegado no século 19 ao Brasil. O pai de meu pai, nascido em setembro de 1877, veio ao Brasil muito jovem, com menos de 18 anos, e talvez tivesse nascido na fronteira alemã - austro - húngara, não identificada, ou teria sido da Croácia ou Polônia?  Nunca souberam precisar o nome da cidade e ele jamais voltou para sua terra, foi com sua mulher para a Itália aos 50 anos.

Na década que nasci, felizmente a segunda guerra havia acabado há mais de 6 anos mas, havia um "carimbo" para o perfil de "alemães". Ressaltavam seus piores aspectos, grotescos, não importava quão amorosos, sensíveis, habilidosos, trabalhadores, cordatos e agradáveis fossem seus descendentes ou familiares.

Na infância, eu lera aterrorizada o Diário de Anne Frank, e era ávida leitora das histórias terríveis dos regimes totalitários da União Soviética, a asfixiante "cortina de ferro", e as mirabolantes fugas das pessoas pelo Muro de Berlim. Algumas vezes, vi-me sendo olhada como alemã, no sentido ruim do que isso significa.

Será que no regime totalitário faziam censura de cartas? Colocavam filhos contra os pais? Destruíam crenças e laços afetivos? Destruíam famílias e relações pessoais honestas? Se isso era o regime totalitário, com certeza era o oposto de tudo o que eu acreditava e queria para minha vida.

Sei que o preconceito é generalizado em todas as culturas, raças, religiões e gêneros. É um fato muito triste e pesado!  E essa sensação de confusão de identidade é explicada por Imre Kertész na pg 127 " Ao deixar Avignon, procurando pela estrada, ficamos presos com nosso carro alugado, de placa alemã, numa ruazinha estreita, provavelmente também na contra mão; de repente, um golpe forte estrondeia em cima do carro e uma voz horrível, distorcida pelo ódio, grita :  "Weg von hier!", com forte acento francês. Passado o susto, compreendo: tratava-se de um simples mal entendido, a voz era de um francês germanófobo que queria mandar-me, judeu vagabundo de Peste, para o inferno francês planejado por ele para os alemães. Vejam só: num segundo transformei-me de judeu perseguido em alemão perseguido... Este mundo é assim mesmo, ao vingar-se, vinga-se de si mesmo."


pg 37 " Gostaria de prosseguir, mas há uma incerteza trêmula dentro de mim, uma nostalgia insuperável. Pois eu também tenho amor por minha solidão, pelas horas íntimas de ler e de atormentar-me, pela fonte de energia que se oculta no abandono, por todo esse velho estilo de vida que já virou parte de mim ... "

pg 8 " Sempre fui propenso, e continuo até hoje, a me considerar um "qualquer", que, em um sentido, não poupa esforços: no sentido de manter a lucidez diante de tudo. ... Mesmo que rangendo, abriu-se a porta da cela onde me mantiveram preso durante quarenta anos e pode até ser que isso seja o suficiente para me desnortear. Não se pode viver a liberdade no mesmo lugar onde se viveu a servidão. Deveria ir a um lugar distante, bem longe daqui. Mas não o farei. Então sou eu quem precisa renascer, transformar-me...mas em quem, em quê?"
Maria Lucia Zulzke, em São Paulo - SP - Brasil, em 7 de outubro de 2009, 1:40 am.

"O Homem que calculava" - Malba Tahan - ed. Saraiva

                                 
"A pérola de Lilavati" - ano 508 - 1014 da era cristã

Sobre uma moça, cuja vida era definida por uma única chance.... realizar um casamento!


capitulo XVIII - Lilavati -  "Baskara tinha uma filha chamada Lilavati. Quando essa menina nasceu, consultou ele as estrelas e verificou, pela disposição dos astros, que sua filha, condenada a permanecer solteira toda a vida, ficaria esquecida pelo amor dos jovens patrícios.

Não se conformou Baskara com essa determinação do destino e recorreu aos ensinamentos dos astrólogos mais famosos do tempo. Como fazer para que a graciosa Lilavati pudesse obter marido, sendo feliz no casamento?

Um astrólogo, consultado por Baskara, aconselhou-o a casar Lilavati com o primeiro pretendente que aparecesse, mas demonstrou que a única hora propícia para a cerimônia do enlace seria marcada, em certo dia, pelo cilindro do Tempo.

Os hindus mediam, calculavam e determinavam as horas do dia com auxilio de um cilindro  colocado num vaso cheio dágua. Esse cilindro, aberto apenas em cima, apresentava pequeno oríficio  no centro da superfície da base.
.....................

Lilavati, foi, afinal, com agradável surpresa para seu pai, pedida em casamento por um jovem rico e de boa casta. Fixado o dia e marcada hora reuniram-se os amigos para assistir à cerimônia. Baskara colocou o cilindro das horas e aguardou que a água chegasse ao final marcado. A noiva, levada por irreprimível curiosidade, verdadeiramente feminina, quis observar a subida da água no cilindro. 

Aproximou-se para acompanhar a determinação do Tempo.

Uma das pérolas de seu vestido desprendeu-se e caiu no interior do vaso. Por uma fatalidade a pérola levada pela água foi obstruir o pequeno orifício, impedindo que nele pudesse entrar a água do vaso. O noivo e os convidados esperaram com paciência largo período de tempo. Passou-se a hora propícia sem que o cilindro indicasse o tempo como previra o sábio astrólogo. O noivo e os convidados retiraram-se...

....................

O jovem brâmane, que pedira Lilavati em casamento, desapareceu semanas depois e a filha de Baskara ficou para sempre solteira.

Reconheceu o sábio geômetra que é inútil lutar contra o Destino e disse à sua filha:

- Escreverei um livro que perpetuará o teu nome e ficarás na lembrança dos homens mais do que viveriam os filhos que viessem a nascer do teu malogrado casamento.

A obra de Baskara tornou-se célebre e o nome de sua filha surge imortal na História da Matemática.

"Nem a adição, nem a subtração, por maiores que sejam, fazem sofrer perda ou acréscimo à quantidade chamada quociente por zero".


(tantas maneiras de interpretar a moral dessa história: se a felicidade de uma mulher ficar restrita ao amor de um homem, como durante séculos e, sendo os homens volúveis, inconstantes e chegados a namoricos ao longo da vida, e sabendo que, alguns homens só amadurecem depois de 50 ou 60 anos, outros jamais amadurecem .... nem toda a água do mundo seria suficiente para fazer essa mulher feliz se for usar o Cilindro do Tempo para ver a hora exata para se casar! Principalmente porque o cilindro foi danificado.

Existem várias formas de amor na vida: amor à arte, à literatura, aos amigos, ao mar, à Roma, à música, à Paris, aos filhos mesmo sem acontecer um casamento, aos estudos, à sinceridade, ao trabalho e até à matemática... )

É muita determinação do destino mas parece que assim é.

por Maria Lucia Zulzke, em 06 de outubro de 2009, às 10:12 am, em São Paulo - SP - Brasil

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Homem que Calculava - Malba Tahan - editora Saraiva

Tenho esse livro desde que era pequena. Tio Samuel Ribeiro dos Santos, casado com uma das irmãs de minha mãe, foi quem me deu. Ele sabia o quanto eu adorava ler e tinha um certo orgulho que eu me dedicasse aos estudos, pois ele foi um agrônomo dedicado e bem sucedido. É um livro de lendas e fantasias, e o autor se localiza em Bagdá, 19 da Lua de Ramadan 1321.

A dedicatória já é um "must" de fascinação! Foi dedicado aos 7 grandes geômetras cristãos ou agnósticos: Descartes, Pascal, Newton, Leibniz, Euler, Lacrance, Comte - (Allah se compadeça desses infiéis!) e, também, foi dedicado ao matemático, astrônomo e filósofo muçulmano - Buchafar Mohamed Abenmusa Al Karismi (Allah o tenha em sua glória!)

E, também, a todos os que estudam, ensinam ou admiram a prodigiosa ciência das grandezas, das formas, dos números, das medidas, das funções, dos movimentos e das forças.

assinado - Ali lezd Izz- Edin Ibn Salin Hank Malba Tahan - crente de Allah e de seu santo profeta Mahoma

O livro é delicioso para crianças e jovens, deveria ser leitura obrigatória em escolas para estimular o prazer pelos cálculos e pela intrigante possibilidade dos números na vida das pessoas.

"A singular aventura de 35 camelos que deviam ser repartidos por 3 árabes."

"Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremis, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.

Encontramos, perto de um antigo "refúgio", três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.

Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:

- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!

O inteligente Beremis procurou informar-se do que se tratava.

- Somos irmãos - esclareceu o mais velho - e recebemos, como herança, esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo eu receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte e ao Harim, o mais moço, deve tocar, apenas a nona parte. (nessa hora, eu, Maria Lucia, que era a mais nova na minha casa, ficava com o coração apertado porque sobrava sempre menos para quem vinha por último).

Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e a cada partilha proposta, segue-se recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio! Como fazer a partilha se a terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas?

- É muito simples - atalhou "o homem que calculava" -

Encarrego-me de fazer, com justiça, essa divisão, se permitires que eu junte aos 35 camelos da herança, este belo animal que, em boa hora, aqui nos trouxe!

Neste ponto, procurei intervir na questão:

- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viagem, se ficassemos sem o nosso camelo?

- Não te preocupes com o resultado, ó "bagdali"! replicou-me em voz baixa Beremis - Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás, no fim, a que conclusão quero chegar.

Tal foi o tom de segurança com que ele falou que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo "jamal" - camelo - que, imediatamente, foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.

- Vou, meus amigos - disse ele, dirigindo-se aos três irmãos - fazer a divisão justa e exata dos camelos que são agora, como vêem, em número de 36.

E, voltando para o mais velho dos irmãos, assim falou:

- Devias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36 e, portanto 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saiste lucrando com esta divisão.

E dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:

- E tu, Hamed Namir, devias receber um terço de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 12. Não poderás protestar, pois tu, também saiste com visivel lucro da transação.

E disse, por fim, ao mais moço:

- E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, devias receber uma nona parte de 34, isto é, 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!

E concluiu:

- Pela vantajosa divisão feita aos Irmãos - partilha em que todos os três sairam lucrando - couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18 + 12 + 4) de 34 camelos.

Dos 36 camelos sobram, portanto, dois. Um pertence, como sabem ao meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido, a contento de todos, o complicado problema de herança!


- Sois inteligente, ó estrangeiro! exclamou o mais velho dos irmãos. Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!

.... e continuamos a nossa jornada para Bagdá.


( uma das mais lindas lições desse primeiro capítulo, além da justiça numérica final, de algo não divisível - camelo, foi que o estrangeiro agregou algo para a solução do impasse - sai da paralisia do indivisível, em sua unidade e integridade, o livro continua em muitos capítulos de magia, matemática e solução de problemas - um rico que morre de fome no deserto, a dívida de um joalheiro etc)
          Para crianças, jovens e curiosos na solução de problemas em busca de justiça e paz.


Maria Lucia Zulzke, em 05 de outubro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, às 10:00 am

sábado, 3 de outubro de 2009

ALÔ, CHICS! Gloria Kalil - Agir Editora

"Ninguém é chic se não for civilizado"


Esse livro aborda alguns aspectos da nossa vida cotidiana e que a educação antiga respondia, magistralmente, ainda que não se pertencesse ao grupo da "nata" da sociedade.  Chamava-se - boa educação, e não dependia de critérios nebulosos ou do poder aquisitivo.

- Por exemplo, se chego carregando pacotes no condomínio, custa o vizinho  ou o zelador me ajudar ? É esperada essa ajuda ou não? No livro, a reflexão e a recomendação.

- Se sou convidada para um almoço de negócios, custa o "colega" pagar a minha conta, mesmo que sejamos bem sucedidos e remunerados? Ela responde - quem convida, paga! 

E que se dirá de homens muitíssimo bem remunerados que se fazem de "desentendidos" ou "modernos" e nem se oferecem a pagar a conta, para tratar de assunto do interesse deles!? É muita "cara de pau".

- E o que fazem as mulheres sem par, "avulsas" que são "carregadas" para programas e restaurantes por casal amigo? Tem alguma saída estratégica?

- Ou, se uma conhecida convida para um final de semana em sua casa, por qual razão ela fica surpresa se levo um bonito presente e algumas coisas gostosas para comer? É claro que ela tinha tudo na geladeira mas é um gesto de cortesia e consideração. 

Triste é receber uma família inteira em sua casa de campo ou praia e contribuem com dois pacotinhos de salgadinhos porque a filha gosta só daquela marca! Para Gloria, é esperado que se presenteie sempre a dona da casa e que não se estique a temporada, além de várias dicas de cortesia durante a estadia.

Afinal, o que está acontecendo nas relações sociais nos dias de hoje?  Ser gentil, para alguns, é normal, enquanto para outros virou objeto de suspeita.

Gloria Kalil confirma que o egoísmo e a excessiva individualidade tornam a vida nas grandes cidades infernal!

A etiqueta surge como uma espécie de ética do cotidiano, deixando a vida mais leve.

"Um assunto do barulho " - sobre convivência entre vizinhos nos edifícios.  "É sempre o de cima que faz barulho no de baixo... educado é forrar o quarto onde as crianças brincam com algum tipo de revestimento isolante .... e tomar outras providências que demonstrem algum cuidado com os outros." eu adorei porque tem gente que acha que criança pode tudo!

" No escurinho do cinema"  - celular, casais de namorados, pipoca, guardar lugar... como é bom conferir o que nos irrita com alguém como Gloria Kalil!

pg  39 - "Mulheres em minoria" - trabalham no mundo dos negócios, em universos muito masculinos - ela conta algumas situações e poderíamos ampliar as cenas com que as mulheres profissionais são confrontadas - os homens ainda gostam de testar e testar o intelecto feminino e alguns fazem questão de se comportarem como se ainda estivessem no tempo das cavernas.

pg 63 - Festa na empresa - ela lembra que, empresa, não é lugar de amigos ou familiares. Manter uma postura profissional é muito importante.

Aceitar convites de grupos de clientes (rapazes e moças) que se reunem depois de seminários? Pior se casada ou solteira? A linha séria de Gloria Kalil reforça as posturas de sobrevivência para evitar armadilhas.

O livro é excelente e apresenta saídas tanto para a vida profissional como para nosso relacionamento social.

E, com muito bom humor diz que dono de cachorro, é uma raça à parte, pois acha que todo mundo participa do seu entusiasmo pelos cães. Quem gosta de ser recebido(a) com latidos na casa de alguém, e ainda ter que disfarçar e empurrar o "animalzinho" que insiste em cheirar, lambuzar a roupa com a boca sempre molhada.

O bom humor esta presente nas recomendações e isso torna a leitura muito gostosa. Um sábado civilizado, com o livro de Gloria Kalil.

por Maria Lucia Zulzke, em  03 de outubro de 2009, em São Paulo - SP - Brasil, às 13:42 hs.