sábado, 17 de outubro de 2009

"The Future of Consumerism" - Paul Bloom e Ruth Smith - Lexington Books

Direito do consumidor não pode ser hierarquizado em relação à conquista de outros direitos de cidadãos - direito ao emprego, ao trabalho remunerado, à erradicação do trabalho infantil e escravo, à não violência contra a mulher etc

           Não se pode usar o raciocínio OU OU

Ou você quer deixar de apanhar todos os dias "do seu homem" que se julga seu "proprietário"  ou  quer continuar tendo direito ao trabalho, fora de casa, na sua formação, com remuneração?

Ou quer roupinhas novas para seus netinhos ou quer estudar numa universidade?

Um pouco de humor: O que quer na vida? Escolha ISTO OU AQUILO? O que teria mais valor na sua Vida? Escolha entre um casamento tranquilo ou maternidade bem sucedida ou dinheiro ou emprego? Dou-lhe uma, duas e três. Acabou o seu tempo!

"gênios do mal" ou " gênios do humor negro" teriam tal raciocínio, como se pudéssemos ter uma única coisa na vida: dinheiro ou saúde, amigos ou viagens, filhos ou emprego etc?

Tanto se tem a construir e aprender!

As mulheres, dependendo da força dos "gênios do mal",  estariam em desvantagem porque homens podem esconder filhos fora e dentro do casamento, podem contratar barrigas de aluguel, comprar óvulos pelo correio e, tendo dinheiro e falta de escrúpulos, um homem pode tudo!

A situação sem controle, alguns setores vitais como a reprodução assistida completamente sem lei, sem regra, sem controle. Um perigo imenso e, sem lei...


Mulher, frágil no mundo público, frágil no mundo político, responsável pelo mundo privado da casa e das crianças, tateando no mundo financeiro, sem aptidão no mundo das negociações, frágil fisicamente, frágil em alianças de poder, frágil na família, censurada pela beleza e poder de atração, fácil de ser derrubada e empurrada para a banal rotina fisiológica do viver - comer, dormir, acordar, andar, fazer compras, ler, sem qualquer interação inteligente com os sistemas, sem nenhuma retroalimentação, célula isolada, sem acidente concreto, sem acidente de percurso, sem saber por qual aspecto fático - "o poder da mão invisível" - "o poder das forças ocultas que tanto oprime, sem que se saiba como funciona, quanto dura ou se prolonga, de onde se origina" -  um processo kafkaniano,
avilta a alma, amesquinha o ser, deforma as formas, anestesia os sentidos. 
sistemas sem rosto, lobos do ser!
mostra sua cara e diz o que ganha, deve ser muito grande seu lucro ....

Vamos ampliar as cotas nas universidades e dar mais oportunidades às pessoas de origem afro-descendente? Sim!

Ampliar as vagas mas não punir jovens, cidadãos e cidadãs de ascendência de outras etnias, cujos pais ou avós nasceram em outros continentes, estudantes igualmente brasileiros que teriam condições de entrar nas faculdades pelo saber!

Vamos erradicar trabalho infantil ou juvenil, combater trabalho escravo, rastrear a origem da madeira? Sim!

Mas isso não significa que vamos "paralisar" pessoas bem sucedidas, num estado vegetativo dentro da sociedade, pelas suas opções políticas.

Tentei fazer alguns exames clínicos pelo SUS e não consegui. Que estranho!

Será que eu teria cedido a alguém meu "teórico direito ao uso do SUS"?

Os consumidores não vão dar conta, individualmente ou através das associações, de corrigir as injustiças sociais que são derivadas de centenárias correntes de poder.

Por exemplo: se hoje, 2009, despejam toneladas de lixão da Inglaterra em terras brasileiras, e nisso estiveram envolvidas, por ação ou omissão, alfândegas dos países, autoridades sanitárias e de controle marítimo, negociações empresariais e advogados etc, digam-me, como ficará o consumidor inglês, o europeu e o brasileiro num caso extremo e de "toneladas" de lixo como esse?

Consumidores, hello, se alguém ler essas linhas, vocês tomaram alguma posição?

Associações, hello, o que fizeram? E as sujeiras nos mares, e os lixões nos mares? Quem toma conta da saúde dos mares?

O livro " The future of consumerism" é importante referencial para ser lido e estudado, atualizado. Essas questões precisam ser agregadas, sobre o futuro.

As introduções às tecnologias de conhecimento muito especializado nos levam a grandes dificuldades de auto defesa - engenharia genética, energia nuclear entre outras tecnologias herméticas.

Viver sem entender o que nos cabe fazer, tornou-se um pesadelo - visualizamos o estado físico dos produtos e escolhemos, mas, fora disso, como pressionar o que nada entendemos e  não podemos analisar?

E, o que dizer desses bancos de espermas, de óvulos e de embriões, no Brasil e em outros países. Quem faz controle? Imagine se um dia você anda na rua e encontra alguém idêntico a um filho ou filha, como chegaram a isso?  Ou tem filhos em outros países, netos sem nunca saber?

Quando começarão a tornar abertas e claras as informações e os registros dessas clínicas, visto que implicam nas vidas presentes e futuras? A quem está subordinada a legalidade do funcionamento dessas clínicas no Brasil?

Enquanto a maioria defende o "pão de cada dia" o futuro estará nas mãos de quem? Futuro do movimento dos consumidores!

De cidadãos a consumidores - triste negociação do mercado.

Maria Lucia Zulzke, em 17 de outubro de 2009, às 13:00 do sábado em S.Paulo - SP - Brasil, chove e faz frio. É uma primavera com todo o perfil de outono.

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