terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TRUST - Confiança - Francis Fukuyama - Rocco Editora

Todos os livros que apresentei neste blog, para mim, são preciosos, por razões distintas.

De exclusivo valor sentimental, como o pequeno livro para público infantil, escrito por minha filha caçula, sobre noções de consciência ecológica e preservação de florestas. Ou, o meu próprio livro, pelas lágrimas e sofrimentos das experiências profissionais que eu precisei transcender enquanto digitava o original do livro.

Os autores escolhidos e apresentados neste blog, com suas obras, foram as pessoas que me abriram a mente para o mundo real, para o lugar onde eu vim parar num frio inverno, de julho de 1951.

Então, isso é o Mundo, esse é o Planeta Terra! 

Muitas vezes, o resultado é intimidador mas, mesmo assim,  é necessário prosseguir, cautelosos(as) pelo temor do mundo interno de algumas pessoas que pensam que seu mundo interno  corresponde à Verdade Absoluta ou, pelo temor às interpretações que pessoas dão às suas "verdades" gritadas, repetidas e impostas.

Estudamos e prosseguimos, cada vez mais prudentes e sabendo que menos sabemos.

O livro Confiança - Trust - de Francis Fukuyama não me parece, salvo outras informações da mídia, que tenha feito o estrondoso sucesso do seu polêmico "Fim da História" mas eu considero TRUST um livro de grande importância pela apresentação que faz da situação humana e da arte das associações culturais, dos valores familiares, e de países onde se vive, pelas questões culturais, em situações de baixo nível de confiança ou de alto nível de confiança.

O autor faz estudos, analisa, exemplifica e tira uma radiografia tão detalhada de assuntos que raramente nós, simples mortais, teríamos acesso. Aborda a questão do emprego, de filhos e estranhos, do grupo fechado do dinheiro, locais de trabalho, engenharia social e a espiritualização da vida econômica.


Como tenho feito como método, neste blog, vou selecionar alguns trechos para despertar a curiosidade sobre o livro e fazer com que procurem e leiam o livro todo. É uma preciosidade oferecida pelo autor, a quem prestamos nossos agradecimentos.

pg 19 - "Uma sociedade civil próspera depende dos hábitos, costumes e princípios éticos de sua gente - atributos que só podem ser moldados indiretamente mediante uma política deliberada e que precisam, outrossim, ser alimentados por meio de uma conscientização e respeito crescentes pela cultura."

pg 21 - " todo ser humano deseja ver sua dignidade reconhecida (isto é, apreciada pelo seu devido valor) por outros seres humanos. Na realidade, esse anseio é tão profundo e fundamental que é um dos principais motores de todo o processo histórico humano. Em épocas primevas, esse desejo de reconhecimento se exteriorizava na arena militar quando reis e rainhas se empenhavam em sangrentas batalhas pela supremacia.  Nos tempos modernos, essa batalha transferiu-se da arena militar para o campo econômico, onde proporciona o efeito socialmente benéfico de criar em vez de destruir riqueza.......Trabalho e dinheiro são muito mais importantes como fontes de identidade, status e dignidade, quer se tenha criado um império multinacional nos meios de comunicação, quer se tenha promovido a capataz. Esse tipo de reconhecimento não pode ser obtido individualmente; ele só pode acontecer num contexto social. "

pg 25 " O conceito de capital humano, largamente usado e compreendido pelos economistas, parte da premissa de que o capital hoje se constitui menos de terra, fábricas, ferramentas e máquinas do que, em escala crescente, de conhecimento e aptidões dos seres humanos. Coleman sustenta que, além do conhecimento qualificado, uma porção distinta do capital humano tem a ver com a capacidade das pessoas de se associarem umas às outras, que é crítica não apenas para a vida econômica mas praticamente para todos os outros aspectos da existência social.

A capacidade de associação depende, por sua vez, do grau em que as comunidades compartilham normas e valores e mostram-se dispostas a subordinar interesses individuais aos de grupos maiores. Desses valores compartilhados nasce a confiança, e confiança na nossa maneira de ver tem um grande e inestimável valor econômico."

Em outros parágrafos, o autor explica que não haveriam tantas guerras se elas fossem travadas apenas por razões econômicas - muitas guerras acontecem por objetivos não utilitaristas como religião, prestígio, honra, justiça e reconhecimento.

E economistas afirmam que só se pode saber que algo é útil por meio de escolhas, preferência revelada, de hábitos herdados.

pg 76 "Há três largos caminhos para a sociabilidade: o primeiro é baseado na família e nos laços de parentesco; o segundo, em sociedades voluntárias fora do âmbito familiar, tais como escolas, clubes e organizações; e o terceiro é o Estado."

Existem países onde as famílias têm um papel exponencial e as associações voluntárias são relativamente fracas e, existem países onde as associações sem vínculos com as famílias são numerosas e fortes.

pg 77 "Praticamente, todos os empreendimentos econômicos começam como um negócio de família; isto é, companhias que pertencem a famílias e são por elas administradas. A unidade básica de coesão social também serve de unidade básica do empreendimento: a mão de obra é dividida entre cônjuges, filhos e assim por diante, até chegar a círculos cada vez mais remotos de contraparentesco."

O capítulo sobre o grupo fechado do dinheiro, as redes de riqueza, a etiqueta dessas redes e suas regras etc.  Os membros de uma rede tendem a transacionar entre si. Seria essa uma informação relevante que derruba o mito do mercado livre e explica a hierarquização das riquezas?

As pequenas empresas da Itália central, por exemplo, são unidas em teias de interdependência, assim como na América ou nas sociedades chinesas e japonesas, entre outras. A economia alemã, por exemplo, contém muitos grupos industriais centrados em bancos. Algumas redes de negócios são baseadas em obrigações morais recíprocas.

Este livro mostra a complexidade da vida econômica e produtiva, ampliando de forma infinita, as variáveis e indicadores que fazem com que alguém possa terminar sua vida como vencedor (a) ou fracassado (a). Portanto, o valor pessoal parece ser algo passível de ser inflado, estimulado ou desprestigiado ou esgotado de  acordo com as redes de negócios de uma família ou seus interesses.

As análises empresariais e os estilos de administração, o formalismo ou trabalho em equipe, a centralização do comando, o tipo de avaliação e sistemas de promoção, as possibilidades de transferência em cargos, a tendência aos privilégios no trabalho ou o senso de longevidade na comunidade e local de trabalho são aspectos minuciosamente desenvolvidos por Francis Fukuyama. Em algumas culturas empresariais,  é impossível transferir um operário de uma ilha de trabalho para outra se não pertence a determinada categoria. E, algumas formas de administrar, abominam os confrontos de autoridade, cara-a-cara, além da remuneração ser baseada em antiguidade e classificação de cargos.

Como durante muitos anos eu trabalhei com assunto "inovador" - defesa do consumidor e representação de um consumidor interno crítico dentro de uma empresa, lamento que esse livro tenha chegado tão tarde nas minhas mãos porém, posso entender, ainda com mais clareza, as sabotagens que sofri no ambiente de trabalho.

Se os sociólogos dessem conta de algumas dessas complexidades convergindo para modelos de sucesso, sem que o homem se tornasse um alienado, uma peça insignificante no sistema social e de produção...haveria mais confiança e menos dispersão. E,  pelo que entendi, parece que nem mesmo o sistema jurídico e legal alavanca, de forma isolada, a confiança numa sociedade, tanto como acontece em membros pertinentes a comunidades orgânicas.

O livro TRUST chega perto de 400 páginas e apresenta ampla bibliografia. É uma preciosidade para terminar o ano de 2009, compartilhando com quem se dispôs a acompanhar este blog! 

Pude escrever um pouco sobre os livros que amo e com os quais aprendo.  Para mim, esses livros apresentam valor imensurável!

Espero que, quem tenha lido o blog e procurado ler, com cuidado, os livros mencionados saiam igualmente "nutridos" e felizes com as sugestões. 



Feliz Ano Novo!

Maria Lucia Zulzke, em 29 de dezembro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, às 8:40 am.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Eficácia Profissional - Qualitymark Editora - Valença Associados

O autor, Antônio Carlos Valença, define esse seu livro como um tipo de compilação. Faz uma homenagem aos 21 anos da edição do livro "Theory in Practice", lançado em 1974, com grandes referências aos textos de Chris Argyris e tantas outras referências aos textos de sua parceria com Donald Schön. O livro que tenho aqui na minha estante foi comprado em 1997.

Esse é um livro para quem busca entender processos terapêuticos, mergulha em análise e tem interesse no mundo comportamental, das convencões, o mundo da ação e da interpretação humana.

Os sistemas abertos de aprendizagem pessoal e interpessoal são apresentados como o sistema de aprendizagem organizacional.

O autor trata de questões e dúvidas sobre como uma determinada profissão possui uma teoria de ação e como se ensina a prática profissional, o que o profissional precisa conhecer para exercer bem sua prática: as salas de aula, as clínicas psicológicas, os laboratórios de engenharia, ambientes estruturados para que cada profissão possa ter sua técnica e método.

Se uma atividade é nova ou antiga, se é socialmente aprovada ou ainda precisará ser sancionada há uma grande estrada de aprendizagem e prática.

O autor apresenta desenhos e esquemas de ambiente gerencial,  ressalta a interação entre o cliente e o profissional, para  produzir uma aprendizagem mútua e recíproca. O que gosto neste livro é que o autor me parece ser ético, claro, preocupado em explicitar as regras da aprendizagem, ninguém faz papel obscuro de cobaia, há conexão e mútuo reconhecimento entre o profissional e o cliente do processo profissional.

São listadas algumas condições básicas para a aprendizagem:

- forma da pessoa lidar com o erro ( profissional e cliente);

- detecção e correção do erro ( dos envolvidos);

- o encontro ( entre o profissional e o cliente);

- implementar condições e soluções adequadas porque o erro é qualquer aspecto do conhecimento em ação e que tornará ineficaz a investigação.

A importância da aprendizagem é ampliar a liberdade de escolha, ter mais alternativas para selecionar, ao contrário de reforçar comportamentos repetitivos que se manifestam na rotina e indicam a falta de aprendizagem.

pg 129 - " Ex: A controla o comportamento de B; A aprende que há consequências negativas do controle unilateral. Reduz este controle. Muda o comportamento. Mas os valores podem continuar os mesmos, isto é, A pode controlar-se com o intuito de vencer B. No momento em que B cometer um erro, A assume o controle. Muda o comportamento mas não muda a teoria em uso. "

Para compreender a ação humana é fundamental compreender a teoria em uso. Para ser observado, o comportamento precisa ser produzido. Precisa ter significado. Ao ter um significado social o comportamento se transforma em ação. "

Quando termino leituras como esta, fico muito mobilizada.

Se a postura dos profissionais, grupos, entidades, associações ou  detentores de meios de controle e educação não for amorosa, inclusiva e responsável com os indivíduos sob sua responsabilidade, pode-se transcorrer 10, 15, 20 anos de análises, observações e o índice de realização e felicidade, socialização do cliente ser baixíssimo. Perdeu-se mais uma vida a título de experimentação? A quem se irá prestar contas? Cada profissional e cada profissão tem sua ideologia!  Cada grupo é influenciável por pressupostos de sua criação. 

Na época em que eu trabalhava com defesa do consumidor eu fazia parte da corrente de profissionais que defendia o direito do paciente conhecer os efeitos secundários e colaterais de remédios e, essa postura, antes da década de 80 era um ultraje para médicos e especialistas que falavam em linguagem hermética e não davam direitos de autonomia aos pacientes.

Eu defendo o direito da individualidade ser respeitada, quando há um posicionamento legal, ético e de consciência, sem que isso signifique agredir o outro ou a coletividade.

Este livro para mim valida uma crença pessoal: só não se explicita a verdade e não se compartilha a sinceridade com pessoas que são consideradas, na hierarquia social, como tendo menos valor, menos respeito, não tem valor pessoal, são infantis e mantidas na infantilidade por interesses de grupos.


Quando profissionais querem levar vantagens sobre outros isso volta a ter uma justificativa.


Tratamentos infantilizados, fantasiados ou maquiados, quando uma pessoa entra num relacionamento municiado de recursos não disponíveis pelo outro, por exemplo, escuta telefônica, espionagem, investigação, há um desequilíbrio de poderes.


Os grupos de vítimas ficam em desvantagem permanente, sem recursos de auto-defesa e evolução humana. 

Imaginem se fossem selecionadas pessoas cuja intimidade fosse devassada para lhes fragilizar a vida social e comunitária! E que essas pessoas fossem normais, com suas características naturais, desejosas de afeto, amizade, respeito, vida social, necessidades comerciais, de compra e venda etc?!

O objeto do estudo do autor precisa ser complementado com leituras e estudos sobre os vários tipos de pessoas, as várias culturas e profissões com seus rituais, compromissos e sigilos etc.

Existem grupos que se julgam legítimos, contam com grandes espaços de intervenção e detestam expressão de afetividade, detestam expressões de sentimentos e emoções, só valorizam produção, atitude política ou atitude comercial ou postura corporativa, minuciosamente treinada, contida, estudada e verbalizada. É um aprendizado inquietante!

Maria Lucia Zulzke, em 19 de dezembro de 2009, às 11:00 am, em S.Paulo - SP - Brasil.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Capitalismo Natural - criando a próxima revolução industrial




cena matinal, 9 horas da manhã, em maio 2009, em Copenhague
transporte público, metro, ônibus, andar a pé e bicicletas

Dizem que, na política, não existe vácuo. "O rei morreu, viva o rei".

No Vaticano, os cardeais fecham-se numa sala para escolher um novo Papa e só sairão da concentração de votações após a escolha de um  novo Papa, emitindo sinais para a população que aguarda, fumaças negras ( ainda não houve consenso) ou fumaça branca (temos nosso eleito), de acordo com a decisão obtida.

Vivemos em processo acelerado de industrialização e produção e consumo. Desacelerar bruscamente?

A humanidade, os sistemas não conseguiriam lidar com essa desaceleração e perdas. Um novo sistema precisa ser recolocado na pauta de todos os países e mudar o sistema global.

Há um abismo imenso entre as imagens da mídia entre o que/ quem é valorizado e o cenário de consumo sustentável. Há um abismo imenso na mídia entre o que equilibra o ser humano, o que integra o ser humano com o ambiente, a natureza e o mistério do Sagrado com as imagens mostradas.

Somos selecionados e discriminados, na maior parte dos grupos, por nossos padrões de consumo e pelo nosso visual, além de outros fatores classistas, corporativos entre outros da antropologia social.

Somos bem recebidos ou não pela marca de nossos carros,  pela nossa aparência, pelas nossas roupagens (sim, na nossa sociedade de consumo, a veste faz o monge) e por todos os sinais exteriores de riqueza.

Dependendo da cultura, isso torna-se ainda mais vital e crucial! Pessoas corretas, trabalhadoras e discretas são punidas se não forem vorazes e ambiciosas  ou se não entrarem no jogo da competição e concorrência.

Os autores dizem que, "trabalhadores mais produtivos" estão sendo demitidos, referindo-se às abelhas e espécies que fazem a conexão da natureza com os recursos naturais (vide comentários do dia 20 de agosto).



Portanto, negociações sobre quem vai manter florestas e quais países podem continuar desmatando florestas no planeta é uma discussão fadada à implosão do Planeta.  A equação e resultado final não leva à redução do consumo dos recursos não renováveis, só irá paralisar jogadores  mais cordatos.

A nova revolução industrial, abordada pelos autores, neste livro, parece ser o sinal de Fumaça Branca para os conflitos de crescimento sustentável. 

Com a elite de pesquisadores, cientistas e professores competentes espera-se sucesso na Reunião sobre Clima, em Copenhague. Darwin não pode continuar sendo usado indefinidamente nas sociedades pois é mais do que óbvio que a corda se rompe do lado do mais fraco.

Respeitar leis naturais, leis da física, da química entre outras: 1 +2 + 3 = 6 e  3 + 2 + 1= 6 - a ordem dos fatores não altera o produto em muitos casos.

80% da riqueza mundial nas mãos de 2% da população mundial elimina o diálogo de 98% da população e a possibilidade de mobilidade para melhores condições de vida, escolaridade, alimentação, moradia, saúde etc.

Tive acesso a este livro, na Palestra do Professor Luis Felipe do Nascimento, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Procurar nos sites da Read - Revista Eletrônica de Administração e Portal de Gestão Ambiental da Universidade. Ele é autor do livro Gestão Socioambiental Estratégica.

Quando ele se apresentou em S.Paulo, em  29 de maio de 2008, num evento realizado pela Associação dos Engenheiros da Cetesb -  "Em busca da sustentabilidade", presença de conferencistas de vários estados e renomados, em consumo sustentável, desenvolveu sua palestra baseando-se no livro.

O Planeta não sabe ir para a mesa de negociações e não espera a hora certa para falar. O Planeta fala por si e os sinais estão evidentes.

Em Copenhague, na Dinamarca, o metro é perfeito, pontual, percorre distâncias bem grandes! em Copenhague os supermercados são despojados! em Copenhague - Dinamarca, ainda não adotaram a moeda euro! em Copenhague a população vai trabalhar de transporte coletivo ou bicicleta. 

E no Brasil, quantas cidades como Copenhague?  Quem quer planejar crescimento urbano e rural?



Mãe leva filho dentro de uma caixa, em sua bicicleta, nas ruas de Copenhague.
Bicicletas estacionadas, em vários locais, dia lindo de maio de 2009!

Maria Lucia Zulzke, em 05 de dezembro de 2009, às  13: 25, em S.Paulo - SP - Brasil

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Capitalismo Natural - Reunião sobre Clima na Dinamarca

Quem ler este blog, recomendo que procure, em 20 de agosto, meus comentários sobre o livro Capitalismo Natural da Cultrix - Amana Key.

Autores: Paul Hawken, Amory Lovins, L. Hunter Lovins.

A leitura do livro tem tudo a ver com a discussão e algumas propostas também!


3 de dezembro de 2009, às 15:20 hs, em S.Paulo - SP - Brasil, Maria Lucia Zulzke

Maslow no Gerenciamento - Abraham Maslow - Qualitymark Editora

Existem temas que vão e voltam, e a pirâmide de Maslow parece  estar dentre esses ensinamentos simples e óbvios, fundamental para cada pessoa individualmente.

Assim como a ascensão social, financeira é sonhada, trabalhada e vislumbrada, a descida é dolorosa em termos de posição, cargo, riqueza,  salários, relacionamentos, perda de saúde entre outras "perdas necessárias ou não necessárias". Muitas vezes, certas perdas são intoleráveis.

"A tarefa de cada homem é melhorar a si próprio" e isso significa - necessidades básicas, necessidades relacionais, necessidades comunitárias e de realizações, como bem explica Maslow para quem ler seus estudos.

Como mudam as necessidades, prioridades de grupos, os requisitos de gêneros e de regiões, é preciso cuidado para evitar equívocos e mentiras.

Contribuições individuais fortalecem empresas e organizações esclarecidas, mais socialmente responsáveis e menos destrutivas.

Há necessidade de boa comunicação para atingir a meta final que é a presença de pessoas felizes e melhores.

Maria Lucia Zulzke, em 03 de dezembro de 2009, às 9:11 am, em S.Paulo - SP - Brasil

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

.................... um esclarecimento após 104 dias .......................

Os livros mencionados até aqui, a partir de agosto de 2009, período de 104 dias, são importantes para mim.

Esclareço os motivos ao longo dos comentários e seleção de parágrafos. 

Todos os autores são queridos, alguns importantes e de renome internacional. 

Entre os livros menos conhecidos está o meu próprio, visto que foi vendido para um público específico no Brasil, segmento empresarial e acadêmico.

O fato é que cada um dos livros está em mim! Enquanto eu leio um livro, faço um diálogo silencioso com o (a) autor (a).  Eu converso com o / a autor/a.  Transporto-me para o lado do/a autor/a. 

Há um eco dentro de mim e eu passo a querer  reelaborar meu conhecimento e interpretação de mundo a partir da visão do autor (a).

Nos autores selecionados, alguém ou um fato importante nos reflete em algo, em alguma experiência, em algum desejo, em algum espanto, em alguma fase de nossas vidas, em um aprendizado.

Tecnicamente, em redação criativa, diz-se que "o (a) leitor (a) conversa com o (a) escritor(a)".

Maria Lucia Zulzke, em 02 de dezembro de 2009, às 14:35 hs, em S.Paulo - SP - Brasil

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Gerenciando na velocidade da mudança - Daryl R. Conner - IBPI Press

Este livro é usado nos meios empresariais, por executivos, gerentes, consultores etc. Eu tenho um exemplar há um bom tempo - edição de 1995. Eu usava os ensinamentos do livro em cursos, seminários e  aulas. Inclusive, também, para tentar entender o que eu sentia frente a mudanças muito grandes, assustadoras, doloridas e drásticas na vida pessoal. 

Continuo respeitando o autor mas, desde 1995, eu coletei informações e observações sobre mudanças e concluí  que a maior parte das pessoas resiste às mudanças.

E queremos mudar o que não está bom.... é difícil e  não gostamos de mudar quando estamos felizes e vivendo bem.

Profissionais, há décadas, fazem o mesmo programa na mídia, são apresentadores do mesmo canal e do mesmo estilo de trabalho, estão encantando várias gerações de uma mesma família, eles iriam querer mudar? querer pendurar as chuteiras e ir para casa fazer crochê ou arrastar chinelo sem motivações?

E, nós, telespectadores, adoramos apresentadores, os jornalistas, quando eles nos são simpáticos - gostamos da voz, da forma com que comentam, das suas pausas, que às vezes confundimos e pensamos que nos são íntimos.

Muitos são os mesmos, desde a década de 80, na nossa televisão! E queremos que continuem!

Quando estamos bem, num bom ambiente, queremos mudar? A não ser que seja para manter tudo isso e conquistar algo mais.

Mas quem está trabalhando, no mercado, precisa ficar atento e mudar com velocidade, como diz o autor, pois a concorrência, a competição e a busca do lucro faz com que os executivos não se coloquem limites.


Curioso é por qual razão insistem para que mudemos nosso estilo pessoal, se não diz respeito a essa pessoa ou, não convivemos com a pessoa em questão. Por qual razão pessoas controlam e pressionam outras ?


O autor explica a relação humana com a mudança, as quebras das expectativas, os relacionamentos destrutivos, as fases da resistência às mudanças. É um excelente conteúdo profissional e pessoal, basta fazer a ponte dos conceitos.

pg 53 - "as estruturas que desconhecemos nos mantém prisioneiros"  - do livro Fifth Discipline, de Peter Senge, - "somente compreendendo como se relacionam certas variáveis de nossas vidas e como elas influenciam nosso comportamento durante uma transição é que atingiremos, um dia, nossa velocidade ideal de mudança."

pg 178 - Previna-se e evite uma situação ganha-perde, é ruim quando acontece, os conflitos aumentam. 

- Adiar julgamentos negativos
- Demonstrar empatia, compreensão para com os outros
- Valorizar a diversidade
- Integrar, favorecer a sinergia, tolerar a ambiguidade

Todo ser humano tem interesse pelo conforto e, ser maleável pode ser um problema. Patrocinadores, agentes querem determinar todas as respostas num mundo incoerente. 

A mente é capaz de processar dados rapidamente, as máquinas são ágeis, mas isso não acontece com nossas preferências pessoais e nem nossas emoções.

A psique humana é muito complexa e seria arrogância subestimar os impactos emocionais de mudanças profundas, perdas pessoais, ainda que intelectualmente estejamos preparados para as mudanças.

Maria Lucia Zulzke, em 30 de novembro de 2009, às 8:10 am, em S.Paulo - SP- Brasil

domingo, 29 de novembro de 2009

Receitas Preferidas de Maria Lucia Zulzke






2009





uma das receitas que faço brincando - receita bem antiga - com amendoim


                       
                          alô!  foto quando visitei o centro de atendimento da General Electric
                                                               USA - década de 90

Como usar esse material que preparei?  Receitas Preferidas de culinária, simples, gostosas e nada excepcionais.

Como eu não sou culinarista, não sou cozinheira de profissão e nem foi meu objetivo entrar nesse ramo ou mercado, depois de selecionar as receitas e informações, aqui, nesse material.... não sei o que fazer agora. Ficarão restritas ao nosso uso doméstico.

Meses atrás, comecei a digitar as receitas que eu mais gostava e fazia em casa. Simples, caseiras, rápidas e que agradavam meu paladar e de minhas filhas. Nutritivas, saudáveis.

Depois que minhas filhas cresceram e ficaram independentes perguntavam como cozinhar uma coisa ou outra e... assim, as receitas precisavam ser organizadas. Foi o que fiz.

Pela primeira vez na vida, sobrava tempo nos meus dias e passei a organizar um livro de receitas de culinária e passei a explicar sobre higiene na cozinha, alertar contra os "vilões" da cozinha.

Não há nada de mais nessas receitas mas evidencia a família simples em que fui criada, família operativa, pais trabalhadores, mãe rigorosíssima, estudos intensivos e... uma culinária básica brasileira com alguns pratos de sabor mais requintado. Fazer o "bolinho de chuva" com tanta simplicidade e dar certo agrada qualquer criança! Preparar o risoto com gim e ervas para Natal é receber elogios na certa! Dicas do programa Mais Você, da Ana Maria Braga...

Com tanto tempo livre que acabei tendo a partir de 2006, sem tantas consultorias, com as filhas distantes, sem ambições pessoais ou patrimoniais, com poucos lugares no mundo a pulsar de saudades, organizar um pouco da cultura culinária da minha casa no século 20 ajudou a ocupar bem meus dias ociosos.

As ilustrações e diagramação foram feitas pela Milena Zulzke Galli, minha filha mais velha, site www.milenagalli.com, onde podem ser vistos seus trabalhos mais significativos como designer.

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Com bem mais de 50 anos, eu me dei conta que nunca havia parado dentro de casa por mais do que o período de férias ...

Maria Lucia Zulzke, em 29 de novembro de 2009, às 13:00 hs em S.Paulo, S.P - Brasil


sábado, 28 de novembro de 2009

Histórias para Aquecer o Coração das Mães - Sextante Editora



Este livro, como dizem os autores, deve ser lido aos poucos, degustado como um vinho da melhor qualidade.

Em pequenos goles, as histórias de mães e filhos, alimentam os corações de modo diferente.

Cada história apresenta um significado especial e, se não percebemos nos momentos em que a vida está muito acelerada de trabalho, preocupações, cuidados, ambiguidades, atropelos, dúvidas, aliás rotina para quem diretamente cuidou dos filhos, acompanhou, levou para escola, médico, orientou,  um dia o quebra-cabeças parece se encaixar e uma bela paisagem, um belo quadro se manifesta.

A vida de um filho ou de uma filha é delicada como um botão, como o desabrochar da flor, como o desenvolver dos frutos, como floradas formando um todo.

                       Maria Lucia Zulzke, em 28 de novembro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, às 7:35 am

Histórias para Aquecer o Coração das Mães - Sextante Editora


Pequena, gostava de ler livros infantis, muitos, e ver revistas. Pedia-me que lesse para ela antes de dormir. Agora, escreveu seu primeiro livro infantil sobre preservação de florestas e alguns conceitos de consciência ecológica, reciclagem, coleta seletiva etc da Editora Paulus - "Histórias que se escondem na floresta"


Quando,  em 2003, no Dia das Mães, em 12 de Maio, eu ganhei esse belo livro "Histórias que aquecem o coração das mães", coordenado por Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, de minha filha, Fernanda, com uma dedicatória, para que eu lesse quando precisasse de palavras acolhedoras e doces, quando precisasse de histórias para aquecer meu coração, jamais eu poderia imaginar que voltaria ao livro no dia 28 de Novembro de 2009.

Neste dia, sábado, é ela, minha filha caçula, Fernanda Zulzke Galli, que aquece meu coração com sua história, ao lançar seu pequeno e primeiro livro para crianças.

Espero que ela persista como professora infantil, continue compartilhando ternura com seus alunos e leitores, bons ensinamentos.
Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, em 28 de novembro de 2009, às 7:35am

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Tomar a vida nas próprias mãos" - GUDRUN BURKHARD

 Fotos auxiliam na recuperação da biografia, para apoiar a metodologia do livro.

Por exemplo, coloco fotos pessoais, da trajetória profissional :


carteirinha de estudante
Unicamp - Engenharia de Alimentos - 5 anos  de estudos intensivos! 
foto com 20 anos de idade
   após 42 anos - consultoria própria e treinamento de profissionais 
é correto imaginar que eu já estaria entrando no outono da vida? será que a Dra. Gudrun precisará flexibilizar as faixas em que define as "estações" na vida das pessoas
e os homens, consultores, executivos, médicos, políticos, líderes sindicais também entram no outono da vida com 42 anos de idade - ficou-me esta dúvida a ser esclarecida...

Esse livro foi escrito por uma médica, co-fundadora da clínica Tobias, conhecida pela sua linha antroposófica em S.Paulo, no Brasil e exterior.

Atualmente ela está com 80 anos e muito ativa, dando palestras, como guru, em Santa Catarina, no início de novembro de 2009.

Existem cursos para se estruturar a própria biografia, como trabalho terapêutico e esse livro auxilia quem queira fazer essa retrospectiva de maneira independente.  

De acordo com a autora -  vitalidade e consciência -  são dois polos opostos, quando os estímulos externos reduzem-se, há geração de uma disposição fisiológica que permitirá se desenvolver a "alma da consciência". 

Analisar períodos de 7 anos, faz-se uma retrospectiva dos acontecimentos da vida e paralelamente, uma biografia da vida das pessoas que tiveram influência sobre nós - nenhum homem ou mulher é uma ilha!

Esse trabalho pode ser feito individualmente ou em grupos, e no livro, a autora fornece a metodologia. 

Importante, também, é discernir o que acontece pois é próprio da idade, o que é só nosso, individual, assim o que é repetitivo.

Verificar, por exemplo, que outras pessoas passam por acontecimentos semelhantes, em épocas similares, nos consola.

Relacionar comportamentos relacionados à uma determinada geração, por exemplo, ou cultura de país etc.

Além da própria biografia e estudo dos fatos marcantes, a autora recomenda que seja também feita a intersecção da biografia de pessoas com marcante interferência em nossas vidas.

Luz e sombra na vida de cada um, a cada época tons diferentes e, no final da vida, se possível, compor uma visão, uma música, uma sintonia.

A médica ressalta a importância de não se prender ao passado mas integrá-lo para viver o presente e nortear melhor o futuro. Não podemos negar o passado mas esse precisa ser elaborado para que não nos amarre e sim que nos libere.

De forma poética a médica define as fases da vida: 

pg 22 - "A primavera seria toda aquela fase na qual nós nos encorpamos, crescemos e amadurecemos fisicamente, até por volta dos 21 anos". "O verão, quando as plantas se expandem e atingem o máximo de sua vitalidade... corresponderia à fase expansiva da vida dos 21 aos 42 anos, aproximadamente. Já o outono, quando as cores se modificam... os frutos amadurecem... por volta dos 42 aos 63 anos de idade. Em seguida, entraríamos no inverno..." 

pg 24 -"Cada ser humano pode ser um jardineiro de seu próprio pomar para saber quando é a hora de plantar, adubar, regar e depois colher os frutos."

Mencionando um poema de Goethe, pg 25 -  "A alma do homem é como a água; do  céu vem, ao céu sobe, dele de novo tem que descer à terra em sua mudança eterna...."

Além da metodologia e de suas premissas espirituais, a autora irá orientar sobre o rítmo dos setênios que leva em conta planetas, a evolução do Cosmo e do homem. Cada setênio é mais relacionado a uma força planetária específica.

No capítulo IX, como trabalhar o presente, metas e objetivos para o futuro, para um balanço do desenvolvimento .

Quem ler vai querer se aprofundar e conhecer a autora.
Maria Lucia Zulzke, em 23 de novembro de 2009, às 9:48am, em S.Paulo - SP - Brasil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

publicidade e promoção de livro infantil



foto na noite de autógrafos em 28 de novembro


O lançamento - livraria Saraiva - Shopping El Dorado - São Paulo
a partir das 16 horas                                                                                                 
Maria Lucia Zulzke, em 16 de novembro de 2009, às 12:45, em S.Paulo - SP - Brasil

sábado, 14 de novembro de 2009

I know it When I See it - John Guaspari - Amacom American Management Association

Não sei se esse livro foi comercializado no Brasil, em português.

Trata-se de uma história empresarial tão bem arquitetada, tão bem imaginada, sobre qualidade! É uma fábula sobre qualidade.

Como seria o idioma sem as pontuações, vírgulas, sem poder ter recursos visuais para demonstrar nossas emoções? E assim, foi criada a empresa - Pontuação Ltda -  muito bem sucedida, com ampla linha de produtos - ponto e vírgula, dois pontos, reticências etc.

A concorrência chega para a empresa com a disputa dos consumidores e como se comportavam os funcionários? Como era a qualidade das pontuações e a importância da sua qualidade e da fixação para que o texto pudesse expressar exatamente o que deveria, evitando erros, equívocos ou perdas das pontuações etc.

É uma fábula muito bem montada, uma leitura deliciosa que deixa imensa saudades da época - 1985.

Raramente eu sou saudosista, gosto de pensar o futuro, mas naquela época havia toda a boa fé do mundo para se fazer o melhor, cada um iria procurar fazer o melhor pois ansiávamos por liberdade política e, a concorrência mundial e internacional não desanimava tanto, na partida, com o afunilamento atual das riquezas e a desigualdade financeira cada vez maior, nos dias de hoje.

Lançada a fábula 24 anos atrás, quando saíamos do regime fechado no Brasil, quando as empresas estavam procurando abrir-se para o diálogo com os clientes, aprimorando a qualidade, agilizando os processos de comunicação com os públicos internos e externos.

Hoje, a concorrência mundial é tão brutal, tão intensa, tão sem rosto, capitais voláteis indo e vindo, de acionistas de qualquer parte do mundo, que não importa o desemprego, não importa quem irá ser cortado e excluído do mercado que fica difícil encontrar as respostas. Quais são nossos pontos fortes e competitivos, o que podemos ver na qualidade dos nossos informativos e comentários? 

Atualmente, a internet traz novas questões, precisamos decidir sobre produtos, discos e livros via web. Valem?  E como pagar direitos autorais? Quem se valerá?  Como sobreviver na exclusão do trabalho? Quem pagará direitos autorais pelo material da web? Como medir conquistas e vitórias?  Quem é o concorrente? 

O livro " I know it when I see it" lançado em 1985 é focado em produção,  qualidade, trabalho de equipe, consumidor - para produtos concretos e físicos.

É um texto de condução muito inteligente - "Só Vendo para Crer" - na tradução do título pelo Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais - IMAM, em 1989.

Maria Lucia Zulzke, em 14 de novembro de 2009, às 13:50, em S.Paulo - SP - Brasil

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Assédio Moral - Marie France Hirigoyen - Bertrand Brasil

Jogos? concorrência? negócios? disputa? mundo real? imaginação? darwin? conflito de interesses? dinheiro? doença? ganância? ambição desmedida? competência? hábitos e técnicas concorrenciais?  incompetência? luta dos gêneros? sobrevivência do mais forte e sem limites? guerra de poder? dominação do mais apto? do mais esperto? ... esse é mais um livro "soco no estomago" porém, ler é preciso! Espécie de observatório do "planeta animal" povoado por.... animais racionais.


pg 79 - Isolar - "Quando alguém decide destruir psicologicamente um empregado, para que ele não possa defender-se, é preciso primeiro isolá-lo, cortando as alianças possíveis....

Por insinuações ou por preferências ostensivas, provocam-se ciúmes, jogam-se as pessoas umas contra as outras, semeia-se a discórdia. O trabalho de desestabilização é feito, assim, por colegas invejosos, e o verdadeiro agressor pode dizer que ele não tem nada a ver com isso...Deixar em quarentena é algo muito mais gerador de stress do que sobrecarregar de trabalho, e torna-se um processo destruidor. Os dirigentes sentem-se à vontade para servir-se deste sistema com o fim de levar à demissão alguém de quem não mais necessitam."


pg 80 - Induzir ao erro "Um meio bastante hábil de desqualificar uma pessoa consiste em induzi-la a cometer uma falta não só para criticá-la ou rebaixá-la, mas também para que tenha uma má imagem de si mesma. É muito fácil, com uma atitude de menosprezo ou de provocação, levar uma pessoa impulsiva a um acesso de cólera ou a um comportamento agressivo, observável por todos, para poder dizer em seguida: Vocês viram, esta pessoa é completamente louca! Ela atrapalha o serviço."

pg 80 - Assédio Sexual - "Não se trata tanto de obter favores de natureza sexual quanto de afirmar o próprio poder, de considerar a mulher como seu objeto (sexual). Uma mulher assediada sexualmente é considerada por seu agressor como estando "à disposição". Ela deve aceitar e até sentir-se lisonjeada, realçada, por ter sido " a escolhida".

Se a mulher não aceitar o assediador, ela sofre retaliações como agressões, humilhações e não é raro que o agressor diga que ela é quem o provocou, era permissiva, era desfrutável (termo usado para divorciadas, filhas inocentes de divorciados, filhas de viúvas ou de famílias com pouco poder ou influência etc.). Nesses casos, precisamos diferenciar o que é um comportamento sadio de relacionamentos interpessoais e comportamentos permissivos e provocadores.

A autora explica que os países entendem as abordagens sexuais de forma diferente, mais ou menos severa, mais ou menos tolerante. Na França, por exemplo, só é reprimida a chantagem sexual. Enquanto que, nos Estados Unidos, o assédio sexual já é uma forma de discriminação sexual. Mesmo existindo nos dois sexos, a maior parte são mulheres assediadas por seus superiores hierárquicos, onde em geral há maior presença de poder, financeiro e relacional.

pg 87 - "Cale-se, escute e registre, apenas. Você não tem cérebro. Suas opiniões pessoais não valem nada. O que você pensa não tem o menor interesse. O que você sente também não interessa. Você está a meu serviço. Você está aqui para proteger meus interesses e responder a minhas necessidades... Eu não quero martirizá-la. Só quero ajudá-la porque, se você fizer bem o que eu mando, se ouvir e registrar tudo, então poderá vir a ter tudo que quiser" 

pg 88 -"A técnica é sempre a mesma: utilizam-se as fraquezas do outro e leva-se o outro a duvidar de si mesmo, a fim de aniquilar suas defesas. Por um procedimento insidioso de desqualificação, a vítima perde progressivamente a confiança em si, e por vezes fica tão confusa que pode chegar a dar razão a seu agressor: Eu sou nulo, eu não consigo, eu não estou à altura. Assim, a destruição se dá de forma extremamente sutil, até que a própria vítima se põe na condição de quem está em erro." 

Analisando as frases acima percebe-se que os agressores precisam conhecer a vítima. Portanto, ou convive ou conviveu ou deverá se aproximar diretamente ou por meio de seus enviados, subordinados, amigos etc. O livro explica a violência direta e real.

A violência privada e íntima, nas famílias - comentários depreciativos  etc.

A violência entre casais - os mistérios, os silêncios, as informações mentirosas, as censuras, as comparações ferinas, a mágoa porque o outro veio de família mais rica, com mais posses, ou porque o outro estudou mais ou tem mais facilidade em algum aprendizado, porque o outro é mais bonito e bem sucedido, mais solicitado -  o crescimento vertiginoso de um na vida profissional e a decadência física e social do outro.

Existem pessoas e profissionais, processos e sistemáticas "competentes" em retirar das pessoas e profissionais-alvo a auto- estima e a confiança em si mesmos.

Vantagens dessas técnicas? Várias. O preço de manutenção de um conjuge depreciado, confinado em casa, é  mais baixo do que alguém sofisticado, bem posicionado e socialmente demandado.

Se alguém sai perdendo, a quem beneficia essa perda? Diretamente ou socialmente?

A violência oculta nas empresas - pode ser no estacionamento que encontre os pneus furados do seu carro, ou a lataria riscada, comentários maliciosos nos corredores e olhares maliciosos em reuniões etc.

Marcação de reuniões em horários impossíveis, excesso de demanda ou, o contrário, a infantilização da tarefa, a ridicularização no meio dos grupos, os comentários sexistas etc  Uma forma de discriminação é abordada no filme - Philadelfia, existem exemplos do que se pode fazer quando há consenso sobre a expulsão de um aidético da equipe.

Como diferenciar um assédio moral recorrente, contra alguém,  determinado, de um preconceito racial ou religioso a um grupo? Ou, uma retaliação pontual e até mesmo corretiva? A autora responde - as consequências a longo prazo e a reincidência das investidas contra uma determinada pessoa ou sua família.

O preconceito racial contra um determinado grupo Não  leva a ações constantes como acontece quando se tem alguém por alvo.

Se existe algo pontual a ser corrigido, as boas técnicas de educação e orientação e coaching, conduzem a pessoa a ter consciência de seus erros e há uma meta para corrigí-los e superá-los. São destacados profissionais mais experientes para servirem de exemplos e modelos de admiração desde que seja possível haver uma correlação no espelho apresentado.

Modelos incompatíveis são inadequados. Por exemplo, dar a uma profissional de idade ou com biotipo normal, metas de se aproximar de uma modelo profissional da moda e jovem, é submeter a pessoa idosa ao fracasso, pela impossibilidade da missão.

Exigir performance de hábil política ou performance de liderança a uma pessoa restrita em hábitos e rotinas, sem histórico de brilho político, seria outra forma de assédio moral. Do outro lado, limitar o funcionário a tarefas sem valor quando este conta com capacidade e experiência para fazer algo mais qualificado e reconhecido.

Quando o profissional se dá conta da agressão pessoal, o choque é muito grande! Há um enredamento, há um crescimento de estágios de humilhações em ambientes inóspidos onde o profissional não tem domínio ou aliados. A dor, o estranhamento, o choque emocional e a angústia se misturam.

"Quando adquirem consciência da manipulação, as vítimas se sentem lesadas, como alguém que acaba de ser objeto de uma fraude dolosa. Encontra-se nela um sentimento idêntico, de terem sido enganadas, exploradas, de não terem sido respeitadas. Descobrem, um tanto tardiamente, que são vítimas, que alguém as fêz de joguete. Perdem sua auto-estima e sua dignidade, tem vergonha das reações que aquela manipulação provocou nelas: Eu devia ter reagido mais cedo! ou Como foi que eu não vi isso?"

"Na maior parte dos casos ficam a procura de uma reabilitação, de um reconhecimento de sua identidade. esperam um pedido de desculpas, que nunca receberão, por parte do agressor. "

As testemunhas podem ser manipuladas pelo perverso, ou por meio de dinheiro ou perspectivas de trabalho, ou promoções ou vantagens pessoais e, ao perverso, as testemunhas passam a se juntar na agressão ou na omissão.

pg 178 - "Quando se dá uma agressão perversa, o agressor age de maneira a mostrar-se todo poderoso, demonstrando rigor moral e sabedoria. ...De modo geral, entre os acontecimentos da vida suscetíveis de desencadear um estado depressivo não se contam apenas as experiências de luto ou separação, mas também a perda de um ideal ou de uma idéia supervalorizada" 

pg 179-"As perturbações psicossomáticas não resultam diretamente da agressão, mas do fato de o sujeito estar incapaz de reagir. Faça ele o que fizer, está e estará errado na percepção dos grupos, e faça o que fizer, é ou será olhado como principal culpado." 

"Os perversos, para provar que a vítima é má, estão prontos a provocar nela a violência para com eles. .... Acontece, porém, que a vítima volta essa violência contra si mesma, sendo o Suicídio a única solução para livrar-se do seu agressor."

Agir - pg 188 - "Quanto mais a crise for retardada, mais violenta ela será."

pg 210 - "Não somos um psiquismo isolado, somos um sistema de relações."

comentários próprios - A França conta com muitos psicanalistas e psiquiatras que trabalham com a questão do assédio moral. Notícias da mídia recente, no ano 2009, mencionam a elevada incidência de suicídios de trabalhadores franceses sendo submetidos ao pavor do desemprego. Existem tantas formas de terror sutil - mandar emails constantes sobre mortes, notícias de suicídios de ex colegas no trabalho e sobre cenários sombrios no futuro de aposentados.... , disseminar péssimas notícias, recorrentes, instala a visão de impotência e incapacidade de reagir.

Importante: são processos circulares e não se consegue entender como começaram ou qual foi o estopim ou motivo pontual - tudo é possível em ambientes doentios ou com a influência de mentes doentias. O que é possível entender é que não servem para "levantar ninguém" da depressão.

Comportamentos  de familiares considerados "mais inteligentes" ou mais respeitáveis? Estudos da mente? Estudos de comportamento do acuado e vítima? E o agressor ou grupos de agressores não quer um final reparador.

Hipóteses - processos grupais em famílias, processos de controle,  disputas políticas e comerciais, concorrenciais, interesses em relações patológicas, falta de compromisso com a vida do indivíduo em questão ou por razões diversas.

A quem interessaria inutilizar um cidadão, um familiar, um profissional ou um ser humano? Existem relações perversas e a explicação sistêmica é:  um dos protagonistas é um perverso narcisista e, o outro, tem a propensão de culpar-se.


A grande possibilidade é existirem dados prévios de personalidades e processos circulares nos grupos que se reforçam e se endossam.

pg 217 - " A imaginação humana é ilimitada quando se trata de matar no outro a boa imagem que ele tem de si mesmo, mascaram-se as próprias fraquezas e pode-se assumir uma posição de superioridade. Em todos os tempos houve seres desprovidos de escrúpulos, calculadores, manipuladores para os quais os fins justificam os meios, mas a multiplicação atual dos atos de perversidade nas famílias e nas empresas é um indicador do individualismo que domina em nossa sociedade.

Em um sistema que funciona com base na lei do mais forte, do mais astucioso, os perversos são reis. Quando o sucesso é o valor principal, a honestidade parece fraqueza e a perversidade assume um ar de desenvoltura."


pg 218 - " Projeto de lei foi proposto na França propondo considerar como delito o " trote", reprimindo todo o ato degradante nos meios escolar e sócio educativo. "

Eu, particularmente, que tive uma formação acadêmica ligada a ciências exatas, uma formação religiosa muito severa, e uma família muito exigente quanto aos estudos, regras etc, considero esse livro arrepiante! Congela o sangue nas veias à medida que vai sendo compreendido o processo de manipulação.

Como desmascarar a ação perversa? As violências decorrem da vontade de alguém querer se livrar de outro alguém, sem sujar as mãos!

Ou de desvalorizar alguém para se sentir superior ou por questões diversas. Alguém se beneficia, objetivamente.


Seria melhor que as pessoas de bem, de boa índole leiam este livro, por mais doloroso que seja, por mais horripilante que lhes pareça, para diferenciarem os tratamentos honestos, nos vários ambientes onde vivem. É melhor ler antes, do que depois de se ver pego nas armadilhas dos verdadeiramente perversos.

Palavras depreciativas recorrentes, olhares raivosos (como decifrar?), comentários baixos e sussurrados com conotações desabonadoras e deboches, sorrisos irônicos  considerados sinais e atitudes de violência perversa ou assédio moral.

De acordo com a autora, ao longo de anos, de um processo de desgaste e desqualificação, as vítimas, além de doentes, ficam paralisadas, sem ação, tornam-se objetos "sem alma", sem vontade, sem desejos, sem conseguir atuar produtivamente. É a guerra, com fins de tirar profissionais do caminho de quem tem os meios e os maiores recursos de persistir. 

As vítimas, antes de ficarem imobilizadas totalmente, podem ser levadas ao suicídio - mesmo para se matar é necessário ter energia. Seria a vitória máxima esperada pelos agressores! Assédio moral, sem um tiro, sem sangue, sem provas mata!

Maria Lucia Zulzke, em 10 de novembro de 2009, às 10:04 am, em S.Paulo - SP - Brasil

sábado, 7 de novembro de 2009

A Rainha que virou pizza - crônicas - JA Dias Lopes

Esse livro mescla histórias e culinária. E reune entre seus fãs, sem culpa, os adeptos aos "pecados das transgressões" da gula. 

Como grande parte de nós guarda memórias sensoriais e, dentre elas, a memória do paladar, esse livro, na página 264, apresenta como foi criada a pizza que leva o nome da Rainha Margherita e as diferenças culturais entre o modo de se fazer pizza no Brasil e na Itália.

Segundo o autor, no dia 11 de junho de 1889,  foi preparado um jantar para os reis da Itália, Margherita e Umberto I. Uma das pizzas trazia tomate, mozzarella e manjericão, alimentos com as 3 cores da bandeira italiana, vermelho, branco e verde - além dos reis terem adorado a receita dos ingredientes, o aspecto visual, tricolor, encantou a rainha. Por ser escolhida, os cozinheiros napolitanos "batizaram" a pizza vencedora com o nome de Margherita.

A rainha, mencionada como fascinante e adorada pelo povo, usava roupas luxuosas, jóias e dedicava-se às obras assistenciais.

Por meio de cardápios bem escolhidos, de uma cultura culinária com significados e de uma escolha carinhosa, podemos homenagear nossos convidados (as).

Em italiano, segundo o autor, a palavra morbidezza é que melhor exprime a textura da pizza italiana  e coloco uma foto pessoal com uma pizza italiana.




Quando estiver com amigos, provando a pizza Margherita, faça uma homenagem à Rainha que a escolheu e preferiu dentre outras, imortalizando-a para o paladar, desde o século 19.

Nesse instante, você estará sendo, como que um dos convivas da Rainha Italiana, e  não importa o tempo, o espaço ou o século que nos separem - esse é o doce segredo dos legados das seleções.


Maria Lucia Zulzke, em 07 de novembro de 2009, em S.Paulo - SP - Brasil, 10:12 am

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jogos Territoriais - Annette Simmons - Ed. Futura - "um beijo, qual Judas..."

Este livro requer boa dose de maturidade para ser digerido diante das rivalidades nos ambientes de trabalho. E o seu título é bastante ilustrativo - o ser humano briga por território o tempo todo, grande parte do seu esforço é tirar o mais bem sucedido, o mais famoso, o mais antigo de seu posto, o que tem mais destaque etc.

No esporte, isso é facilmente reconhecido e valorizado - são os "records" de tempo, de velocidade, de gols, de conquistas, entre os diferentes esportistas que disputam ou o mesmo esportista busca superar a si mesmo.

Entre os times rivais, entre as torcidas, fica bastante evidente o caráter altamente competitivo das partes.


No ambiente de trabalho há um grande desperdício de talentos e pessoas experientes por conta desses jogos. Dependendo das implicações políticas, das alianças existentes, o jogo de intimidação é explícito ou invisível.


Existem sabotagens muito sérias, desacreditando profissionais, espalhando inverdades e, em casos de ocupação agressiva de territórios, as pessoas indesejadas vão para uma equivalente "Sibéria" sem recursos, cercadas de boatos destrutivos e de armadilhas.


pg 168 - Mais que um jogo: "A maioria das batalhas territoriais se faz bem dentro das normas sociais e parâmetros de justiça e civilidade. Os jogadores territoriais que não jogam dentro desses limites são jogadores de sabotagem. "

pg 148 - " Por alguma estranha razão, a cortesia excessiva pode funcionar como um comportamento de afastamento. A natureza obviamente forçada da inclusão cria uma espécie de sarcasmo comportamental, excluindo o outro do círculo íntimo. É um beijo de Judas que marca publicamente o recebedor da cortesia com os sinais de "inimigo".  Protegido pelo disfarce de politicamente correto, um colega pode enfatizar excessivamente o emprego de pronomes femininos porque ele "não quer ofender Jane, aqui". Sua gentileza excessiva meramente enfatiza a segregação de Jane, sua diferença do resto do grupo. Até envia a mensagem de que Jane é suscetível a essas coisas, enquanto a pessoa que está falando fica com a fama de sensível às necessidades dela. A verdadeira inclusão em um grupo diminui a formalidade. "

Leitura indigesta, mas desafortunadamente real. Pergunto-me qual é a melhor fase para se ler e cheguei à conclusão de que, quem tem o estomago mais tolerante e a maior ambição já leu há muito tempo ou formou-se com seus princípios.

Infelizmente, como abrir novas frentes de trabalho, iniciar novos projetos é mais difícil, a disputa por espaços conquistados  e bem sucedidos, torna-se um jogo de "vida ou morte".

Para sobreviver nos Jogos Territoriais precisamos definir se será necessário - lutar, fugir ou nos agarrar ao posto. A autora comenta os altamente destrutivos comportamentos usados durante os conflitos territoriais e difícil é entender a raiz do problema pois pode ser emocional e não racional.

Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, em 05 de novembro de 2009, às 11;25 am.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Abrindo a empresa para o consumidor - a importância de um canal atendimento"





capa da primeira edição - 1991

Este livro, escrito por mim, Maria Lucia Zulzke, e publicada a primeira edição em 1991, com outras impressões, a última em agosto de 1997, Editora Qualitymark, está esgotado há alguns anos.

Eu ainda gosto deste livro. Você pode encontrar menções ao livro no google ou em outros sites de busca.

Por qual razão eu gosto deste livro, além de ser a autora?

1 - Existem aspectos abordados no livro que existiram na década de 70 , 80 e 90 e continuam acontecendo.


Por exemplo, o problema da agilização de algumas mudanças necessárias no âmbito do Estado - executivo - legislativo e judiciário.

Muitas das necessidades de aperfeiçoamento são lentas.

Na Introdução, eu relato a minha experiência quando foi lançado no Brasil, o leite longa vida e eu trabalhava no Procon -SP. A rotulagem era lacônica da caixa de leite pois, a lei sobre os dados da embalagem, da década de 50, não  previa o seu uso  para informar consumidores e, os técnicos governamentais, na época, entendiam que iria dar uma conotação publicitária. 


Posteriormente, isso foi mudado, após artigos, pressões e pareceres. A data de fabricação era em código e, ninguém entendia, na década de 70, enquanto na Europa e Estados Unidos, os produtos alimentícios industrializados dispunham de prazo de validade de maneira legível e facilmente entendida.


Quando observamos, ainda hoje, o tempo necessário para o governo introduzir novas leis que regulamentem os novos mercados e, que afetam a população ou grupos, como defensivos agrícolas ou outros, verifica-se que as definições e adoção de normas, regulamentações e leis, são demoradas, deixando anos e anos a população em suspense e desprotegida. 


Quantos anos foram necessários para que fosse regulamentada a lei que estabelece o destino das embalagens de produtos agrícolas na área rural? Décadas depois dos primeiros alertas sobre o risco de contaminação da água, do solo, problemas aos trabalhadores rurais etc. Décadas depois dos movimentos de ambientalistas no âmbito mundial.

Inúmeros outros fatos, polêmicos, ficam circulando pelo mercado, sem regulamentação da lei, durante anos, mesmo quando já existem decisões em outros países. Nesses momentos, as vítimas da falta de lei, dificilmente serão ressarcidas ou suas vidas restabelecidas pela defasagem de tempo das práticas até a introdução da lei.


2 - O capítulo - Gerenciando informações internamente, onde menciono os conflitos internos, os fatores complicadores, a sinergia entre os setores internos etc é um dos capítulos preferidos pelos leitores e que eu mais gosto, pois foi quando trabalhei os conceitos de Pichon Riviére, para grupos operativos, e fiz uma associação livre com o que acontecia na prática dentro da empresa.

ler meu blog www. marialuciazulzke. blogspot.com sobre isso, em 16 de setembro - os grandes desafios internos.

3 - Lucratividade - baseado em John Goodman, da Tarp, como mencionei no dia 15 de outubro, como um dos meus principais mestres, entre outros igualmente importantes.


4 - Sobre o Movimento dos Consumidores - fatos marcantes e as primeiras iniciativas no Brasil, esse capítulo precisaria ser atualizado, a última revisão aconteceu em 1997.

E,  menciono este livro, cujo título foi propositalmente escolhido no gerúndio,  pois quando escrevi, em 1990, era um processo ainda em definição pelas empresas - abrir ou não seus dados, suas informações, abrir ou não os departamentos de serviços a clientes e, mesmo agora, as empresas continuam reelaborando seus aperfeiçoamentos porque é um movimento que nunca fica totalmente pronto.  Daí eu ter usado o gerúndio que infelizmente foi padronizado nas conversas do SAC, por alguém que deixou todos os Call Centers com os mesmos termos para responder aos consumidores.

             Maria Lucia Zulzke, em 30 de outubro de 2009, às 15:00 hs, em S.Paulo - SP - Brasil


artigos em revistas e jornais complementavam informaçõesrepercussão sobre o livro 1990 Revista Veja



capa da segunda edição 1997 quarta tiragem